Do medo as acrobacias aéreas! Por Mikaela Paim

Hoje, muitos me conhecem como paraquedista, como “a garota corajosa” que salta de um avião e voa a 300km/h, muitos até dizem “louca”. Mas nem sempre foi assim … Fui uma criança muito ativa que fazia muitos esportes e explorava novas experiências , mas sempre rejeitei qualquer tipo de aventura, brinquedos que envolviam altura e adrenalina. E devido a esse medo que cresceu comigo, principalmente de altura, me fez chegar ao paraquedismo. Percebi que meu medo deveria ser vencido, pois me travava em diversas áreas da vida.

E em uma conversa de botequim com amigos recebi a proposta para saltar, e pensei “é isso!!!”, e topei (mesmo morrendo de medo). Fui, saltei, morrendo de medo, eu tremia, na porta do avião eu senti um dos maiores medos da minha vida, e assim que meus pés saíram da aeronave eu senti uma das melhores (se não a melhor) sensação da minha vida. Minha primeira queda livre fiquei o tempo inteiro de olho fechado e assim que pousei sabia que aquilo mudaria minha vida, pra sempre.

Duas semanas depois, fiz mais um salto duplo, em menos de 1 mês comecei meu curso, e hoje, 4 anos depois tenho 432 saltos na caderneta. E sim, como imaginei, mudou minha vida.

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Pratico a modalidade Freestyle, a única modalidade que voa em todos eixos (belly, back, sit, headdown e pasmem, nos eixos laterais), atinge altas velocidades e tem como base o Freefly.

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Freestyle se assemelha a ginástica olímpica, posições acrobáticas, quase um balé aéreo. E eu, como fiz bons anos de Ballet, fiz ginástica olímpica e pratico yoga acrobático, não poderia praticar nada diferente do que Freestyle. Adoro o nível de exigência,a sintonia com o câmera, a evolução das coreografias, e a adrenalina de fazer várias acrobacias em apenas 45 segundos. Aos olhos de fora, de quem vê, imagina ser um salto muito feminino ou de dificuldade mínima… se enganam! Para mantermos as posições é necessário estar em total isometria corpórea e concentração e preparo a mil. Faço treinos de musculação com exercícios específicos para cada tipo de salto e busco na acrobacia a consciência corporal que o Freestyle exige. São poucas meninas que praticam, mas todas buscam ser muito competentes.

No link abaixo assista ao vídeo produzido e exibido pela Sportv globo.tv programa Zona de Impacto uma linda matéria sobre o trabalho de solo da atleta Mikaela Paim:

Zona de Impacto / Sportv

“Ainda sou uma aprendiz com pouca experiência, mas um dia, chego lá 😉 ”

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Mikaela Paim
25 anos, Brasileira, Paraquedista desde 2010.
Empresária, sommelière, amante de esportes, e muitos hobbies como cantar, fotografar, viajar e muito mais.

 

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Do medo as acrobacias aéreas! Por Mikaela Paim

 

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AFTERSHOCK no Campeonato Brasileiro e Copa Latino Americana de Paraquedismo 2014

Aconteceu neste final de semana de 07 e 08 de novembro o campeonato brasileiro e copa latino americana de paraquedismo, o evento foi realizado no aeroporto de Piracicaba.SP, com MUITA VIBE e muitas revelações no esporte, aqui destacamos a equipe de freefly AfterShock de Boituva.SP.

O freefly é uma das modalidades mais extrovertidas e radicais do paraquedismo atual. Para os paraquedistas mais experientes, a possibilidade de voar livremente e realizar todo o tipo de acrobacias em queda livre e em diferentes posições representa uma aventura muito intensa e arrebatadora.

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Atletas Gi Natel e Igor Costa
Photo Ale Ohno

Nas competições as equipes são compostas por três freeflyers, sendo que dois ficam encarregados de executar as manobras diante do cameraflyer que participa do salto e registra tudo na câmera digital montada em seu capacete. Após o pouso, as imagens são enviadas aos juízes que dão as notas baseadas nas dificuldades das manobras executadas e a impressão que elas causaram.

A equipe After Shock composta pelo casal Gi Natel e Igor Costa com imagens de Ale Ohno conquistaram o lugar mais alto do podium no campeonato categoria iniciantes.

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Atletas Ale Ohno Gi Natel e Igor Costa (lê-se After Shock)

Mais do que atletas, essa equipe é apaixonada pelo Skydive …
Parabéns Time \o/
Sucesso !!!

Confira o vídeo da equipe durante o campeonato:

Saiba mais sobre o FreeFly: http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=716

 

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AFTERSHOCK no Campeonato Brasileiro e Copa Latino Americana de Paraquedismo 2014

 

 

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FREEFLY

O Freefly é uma das modalidades mais extrovertidas e radicais do paraquedismo atual. Para os paraquedistas mais experientes, a possibilidade de voar livremente e realizar todo o tipo de acrobacias em queda livre e em diferentes posições representa uma aventura muito intensa e arrebatadora. Conheça o que é o freefly e saiba como esta modalidade tem influenciado de um modo geral o paraquedismo e todos os seus praticantes.

História

Enquanto todos saltavam de barriga para baixo o alemão Olav Zipser  experimentava novas posições em queda livre, em 1991 ele impressionou o mundo do paraquedismo com suas novas manobras, saltando em Vero Beach, na Flórida, de cabeça para baixo. A partir daí foram surgindo novas posições e manobras e nascia o FreeFly. A primeira competição da modalidade, no formato que é disputada hoje, aconteceu em 1995, em Dallas, no Texas (EUA), organizado pela SSI (Skydiving School Instructor).

O que é !

O freefly é das modalidades que constituem o paraquedismo, a mais recente e uma das que mais tem crescido em termos de popularidade. Trata-se de uma modalidade que é praticada em queda livre e na maioria das vezes os paraquedistas atingem velocidades superiores a 300 km/h. Ao longo dessa descida alucinante, o corpo do praticante voa a 3 dimensões, ao contrário das modalidades tradicionais de queda livre, em que se formam figuras apenas num plano horizontal. No freefly o paraquedista tem a liberdade de utilizar diferentes maneiras de voar, como o head down (cabeça para baixo), sitfly (sentado), standup (de pé), backtrak (de dorso), bellyfly (de barriga para baixo) e qualquer outro tipo de voo. As diferentes formas de voar possibilitam aos paraquedistas a realização de todo o tipo de manobras acrobáticas e figuras geométricas chegando ao ponto de fazer determinadas coreografias.

O fato de se voar em diferentes posições num mesmo salto envolve variados cuidados, principalmente em relação à proximidade existente entre os praticantes. A aprendizagem do freefly deve ser efetuada de uma forma progressiva, caso contrário o risco de ocorrer um acidente ou uma colisão são enormes.

Para quem quer praticar freefly, aprender a controlar a velocidade, direção e proximidade dos outros freeflyers são aspectos determinantes para um salto seguro.

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Atletas Paulo Pires e Marcelo Pereto
photo Renê Simenauer

A Competição

Nas competições de paraquedismo, o freefly é uma das provas que reúne mais curiosidade e expectativa por parte de todos os adeptos, dadas as manobras espetaculares que os seus competidores realizam.

No freefly, as equipes são constituídas por três freeflyers, dois executantes de acrobacias que realizam todo o tipo de manobras incríveis e o cameraflyer que regista essas manobras em vídeo, numa câmara digital que se encontra no seu capacete. Posteriormente, um coletivo de juízes avalia a performance dos freeflyers com base nas dificuldades das manobras executadas e na impressão que elas causaram.

As notas da performance são baseadas em dois critérios de avaliação: o técnico e o artístico. No primeiro capítulo são observadas as dificuldades e a precisão das manobras. No que diz respeito ao julgamento artístico, os juízes levam em conta a impressão visual porque a criatividade apresentada nas filmagens também conta na performance global da equipa. O ângulo de enquadramento e a qualidade geral das imagens geradas são elementos importantes na avaliação das filmagens.

Para praticar o freefly é necessário que o paraquedista tenha muita experiência de voo e dominar a prática da queda livre , pois esse é o caminho a seguir para a realização de manobras originais e espontâneas.

O Freefly é, sem dúvida, uma das modalidades mais espetaculares e autênticas dentro do paraquedismo radical e é por isso que atrai cada vez mais um maior número de espectadores e praticantes bem como a atenção dos meios de comunicação social.

Links Relacionados:

Recorde Brasileiro FreeFly

Recorde Mundial Vertical 164Way Head Down

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A invenção do Paraquedas

Quem inventou o paraquedas?

Ninguém menos que o célebre gênio italiano da Renascença, Leonardo da Vinci (1452-1519), pintor, arquiteto, escultor e cientista.
No século XV, da Vinci estudou o voo dos pássaros e tirou conclusões básicas sobre a aerodinâmica, construiu diversas máquinas voadoras, entre elas o paraquedas. É considerado por muitos o pai do paraquedas, qual inventou com o intuito de resgatar pessoas presas em prédios em chamas.

Em 1483, ele idealizou um “protetor para quedas”, feito de pano e com o formato de uma pirâmide, que serviu para estudar os princípios da aerodinâmica: ao aumentar a resistência ao ar, o objeto diminui a velocidade de queda de um corpo na atmosfera. Ainda assim, o paraquedas moderno só surgiu muito tempo depois, no final do século XVIII.

paraquedas leonardo da vinci

Em 1616 outro italiano Fausto de Veranzio publicou um livro chamado “Machinae Novae” no qual aparece um homem pulando de uma torre, com um paraquedas quadrado, preso ao tronco do homem por quatro linhas. Esse desenho é muito similar aos paraquedas atuais usados no esporte. Em 1779 o físico francês Sebastian Le Normand estudou o paraquedas usando animais. Devido aos seus estudos ele é considerado o primeiro construtor sistemático do paraquedas.

Foi em 1785 que o balonista francês Jean Pierre Blanchard desenhou e construiu o primeiro paraquedas de seda qual também podia ser dobrado e guardado dentro de uma bolsa. Antes todos os paraquedas tinham uma armação rígida. Em 1793 ele fez um salto de emergência de um balão e quebrou as duas pernas.

O nome que mais aparece como o primeiro homem a saltar com um paraquedas é Andrew Jacques Garnerin. Data de 27 de outubro de 1797, o primeiro salto de exibição feito de um balão. Ou seja, o Base Jump começou bem antes que o paraquedismo. Sua esposa, Genevieve Labrosse foi a primeira mulher a saltar em 1798. Sua sobrinha Elisa saltou umas 40 vezes entre 1815 e 1836.

Quanto ao salto de paraquedas de um avião existem contradições. Alguns dizem que foi Grant Morton e outros o Capitão do Exército Americano Albert Berry em primeiro de março de 1912. De qualquer maneira a história registra em 1919, Leslie Irvin como o primeiro homem a executar salto livre abrindo o paraquedas por ação muscular voluntária, utilizando o Ripcord durante a queda livre.

Projetado para salvar pessoas presas em prédios, o paraquedas acabou sendo mais utilizado pelos militares, principalmente na Segunda Guerra Mundial. Foram os alemães que tiraram o máximo proveito da invenção, usando-a para aterrissar tropas especiais, facilitar o suprimento de alimentos em locais inacessíveis e infiltrar agentes em território inimigo.

Em 1930, na União Soviética, os russos organizam o primeiro Festival Desportivo de Paraquedismo e investiram em saltos de grande escala e, em 1935, 6 mil soldados saltaram em Kiev, desde então a evolução do paraquedas vem sendo tão rápida quanto eficaz.

O Atleta Luigi Cani reproduziu o paraquedas desenhado por Da Vinci e realizou um salto com o prototipo, simplesmente sensacional …

Links relacionados:

Grafia da palavra correta consulte: http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=195

Glossário: http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=593

Artigo “Tipos de Paraquedas”: http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=867

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O recorde discreto e alucinante de Alan Eustace

ROSWELL, NM – 24 de outubro de 2014

Foi sem a máquina publicitária, a ajuda tecnológica ou o orçamento de Felix Baumgartner que Alan Eustace bateu o alucinante recorde do austríaco.

O norte americano de 57 anos de idade usou um balão especial de gás hélio para subir até os 41. 419 metros (135.000ft) e um pequeno explosivo para se libertar para a queda livre.

A subida demorou duas horas, a descida não chegou a 15 minutos e permitiu-lhe bater o recorde de altitude de Baumgartner em cerca de dois quilômetros.

Ultrapassou a barreira do som durante os quatro minutos e meio de queda livre, antes de abrir o paraquedas, mas o recorde de velocidade continua a pertencer ao austríaco.

Depois de 34 meses de intenso planejamento, desenvolvimento e treinamento, o americano Robert Alan Eustace, vice-presidente sênior do Google, quebrou o recorde mundial de salto de paraquedas mais alto antes definido pelo austríaco Felix Baumgartner em 2012.

Apoiado pela Paragon Espaço Corporation® Desenvolvimento (Paragon) e sua (Stratex) equipe estratosférico Explorer, fez história com um “mergulho” no espaço, em um balão especial atingiu 135.890 pés de altura (aproximadamente 42 km ou 25 milhas).
Eustace quebrou os recordes de maior altitude e maior tempo em queda livre. Além disso, tornou-se a segunda pessoa a quebrar a barreira do som fora de uma aeronave.

Eustace foi levado a seu pico de altura para lançamento por um balão de gás helio científico. Sua vestimenta foi um traje espacial pressurizado feito sob medida.

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Eustace também quebrou os recordes mundiais de velocidade vertical atingida durante a queda livre com um pico de velocidade de 1.321 quilômetros por a hora (822 mph) e distância total de queda livre 123.414 pés – com duração de 4 minutos e 27 segundos.

Ele partiu de uma pista em Roswell, Novo México, às 07:00 conectado a um módulo de balão, que o levou por duas horas e sete minutos para a sua altitude alvo.

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O executivo do Google, que também é um piloto veterano e paraquedista, planejava  este salto a anos, trabalhando em segredo com um pequeno grupo de pessoas treinadas em skydiving, balão e tecnologia ele conquistou o feito sem alardes.

Em entrevista ao New York Times  Eustace disse: “Foi lindo. Você podia ver a escuridão do espaço e você pode ver as camadas da atmosfera, o que eu nunca tinha visto antes.”

Ele tambem disse ao jornal que não sentiu ou ouvir o estrondo sônico quando ultrapassou velocidade do som, apesar de ter sido ouvido por observadores no terreno.

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O balão, sistemas de trajes espaciais e de apoio que acompanha foram desenvolvidos pela Paragon e sua equipe técnica Stratex, composta por ILC Dover (ILC); United Parachute Technologies (UPT); ADE Technologies Consulting, LLC (ADE); Dr. Jonathan Clark, M.D .; Julian Nott; Sreenivasan Shankarnarayan; Don Day; e World View Enterprises, Inc.

A Federação de Desportos Air Mundial (FAI) confirmou o evento.

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O recorde discreto e alucinante de Alan Eustace

 #SkydiveOnline

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Treinamento Funcional Personalizado e o Paraquedismo !

Todo bom atleta precisa de bons treinos, lá em cima, e aqui em baixo, sim em terra firme, e não estamos falando de túnel de vento, mas sim de treinamento físico, direcionado, personalizado, para melhorar a capacidade cardiovascular e respiratória, a resistência, força, flexibilidade, velocidade, coordenação, equilíbrio, agilidade e precisão.

Cada pessoa tem uma opinião sobre qual tipo de atividade física é ideal, se lê e se ouve de tudo: Musculação é ruim, te deixa travado, Funcional é bom, Crossfit é melhor, Ta doido TRX, Fala sério correr, Que nada nadar, Nem vem é o spinning, Pilates, Plataforma vibratória … Dentre outros.

Mas, qual o melhor ?

A verdade, que é relativamente simples, não é o método, mas sim a sua aplicação e a capacidade do profissional de adaptá-lo para seu objetivo e busca por melhoria de desempenho, de vida, de saúde. Como Bruce Lee dizia: – “Using no way as way, having no limitation as limitation” (“Usando nenhum método como caminho, tendo nenhuma limitação como limite”). Você é um ser orgânico com uma fisiologia preparada para receber estímulos e se adaptar a eles. Essa é a real. Não ache que correr vai deixá-lo magro se não tiver uma alimentação adequada e tão pouco a musculação vai deixar a mulher musculosa se esse não for seu objetivo, muito menos o funcional vai fazer com que fique igual a um fisiculturista “Grande” e “Definido”, pior o Pilates não é para se recuperar lesão. Tudo vai depender do profissional que te atende adequar a atividade certa para seus objetivos.

Não adianta realizar nada se um elo da corrente for fraco.

O treinamento funcional personalizado e o crossfit têm ganho cada vez mais espaço na vida dos atletas que buscam mais do que um corpo em forma, saúde, qualidade de vida e melhora na pratica de seu esporte.
Os treinos são ligados a atividades cíclicas, levantamento de peso e movimentos ginásticos. Dentro deste gigantesco universo, garantem sempre um treino diferente e motivante.

Para quem pratica o paraquedismo e quer melhorar a performance, o treinamento funcional e o crossfit são perfeitos, desenvolvem a musculatura específica que o atleta necessita, melhora o desempenho e previne lesões, por ser um treinamento que atua com a maior amplitude das articulações, desenvolve maior quantidade de força, e atua diretamente nos movimentos mais utilizados pelos praticantes.

O treinamento funcional trabalha várias capacidades ao mesmo tempo, em um único exercício é possível trabalhar força, flexibilidade e coordenação, e isso reflete em outras atividades praticadas pelo o aluno, proporcionando melhor qualidade de vida, saúde e melhora de todos os músculos do corpo, tanto os visíveis como os periféricos.

Assim como no treinamento no paraquedismo, na pratica dos exercícios funcionais, é fundamental que o treino seja acompanhado de um personal trainer devidamente habilitado, instruído, capacitado para a atividade, que além de desenvolver a rotina necessária para seu objetivo, vai motivar, e ajudar a atingir sua melhor performance em cada exercício.

Homeostase Centro de Treinamento Físico

Homeostase – Centro de Treinamento Físico
Personal Trainer Responsável: Fábio Souza
Localização: Avenida de Cillo nº845, Jd Santa Catarina, Americana.SP
Telefone: (19) 3648.4410
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Treinamento Funcional Personalizado e o Paraquedismo !

 

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Rigger. Você realmente conhece essa profissão ?

Para os leigos no assunto paraquedismo são frequentes perguntas como: Você salta com um paraquedas reserva? Como funciona? Porque esse você não dobra?
Já para os alunos e atletas do esporte há sempre alguns questionamentos relacionados a esse assunto.

Neste artigo entrevistamos um profissional especializado nesta área para nos ajudar com algumas dúvidas.

Nykolas Montebugnoli, Rigger Técnico Master, hoje com 32 anos de idade, sendo 17 deles trabalhando na área de manutenção e inspeção de paraquedas, “To Ligs ou To Ligado” como é conhecido possui mais de 3500 paraquedas inspecionados e revisados em sua carreira, foi Piloto de Testes de Paraquedas pela Parachute Laboratories, possui + de 380 aberturas reservas comandados com clientes satisfeitos;  hoje é o atual chefe do Comitê de Equipamentos e Manutenção no Centro Nacional de Paraquedismo; como paraquedista possui + de 6000 saltos registrados, Piloto Tandem Master – Parachute Labs – UPT – Wings – Internacional, Coach 1 – Canada, Instrutor IAD/SL – Canada, Instrutor IASL – Brasil, To Ligs também é Piloto Lançador de Paraquedistas e Piloto de Planadores.

Entre uma dobragem e outra perguntamos:

O que é um Rigger e o que significa ?

Rigger é o nome dado em inglês para os profissionais da área de inspeção, manutenção, implantação e desenvolvimento de paraquedas e que conhecemos no Brasil como “dobradores de reservas”, muito limitado e fora do verdadeiro significado da profissão esse conhecido “apelido” foi usado até hoje para descrever esses profissionais no Brasil, os “riggers” são profissionais especializados em equipamento de uso no paraquedismo, aqui no Brasil os “riggers” são divididos em três categorias.

– Recertificadores de sistemas;

– Técnico Sênior;

– Técnico Master.

O recertificador de sistema é um profissional habilitado e credenciado, que por sua vez pode e deve executar a inspeção total de um paraquedas e quando nenhum erro for encontrado e comprovado que o paraquedas esta apto para uso, ele dobra novamente o reserva e assina liberando o equipamento para mais 6 meses de uso. O recertificador de sistemas não pode fazer reparos em paraquedas.

O Técnico Sênior é um profissional habilitado e credenciado, que por sua vez pode e deve executar a inspeção total de um paraquedas e quando for encontrado erro ele poderá efetuar os reparos antes de redobrar o reserva, somente se esses reparos forem de pequena importância, reparos que se feitos de forma errada não afetariam a aeronavegabilidade ou funcionabilidade do paraquedas.

O Técnico Master é um profissional habilitado e credenciado, que tem a permissão total para realizar qualquer serviço, inspeções, redobragens, manutenções de qualquer espécie, troca, criação e fabricação de peças e partes, substituição de partes inteiras do paraquedas, alterar, criar e desenvolver partes de paraquedas, ele é o profissional especialista mais habilitado da categoria, é como se fosse um engenheiro de paraquedas.

Jump Shack

Qual a importância do Rigger e do seu trabalho ?

A importância de seu trabalho é indiscutível, pois levando em consideração que se problemas com o equipamento se derem durante um salto de paraquedas devemos lembrar que não existem “acostamentos” e por isso podem ser fatais, o paraquedas assim como os aviões, possuem sua manutenção preventiva e não corretiva, as peças devem ser trocadas antes de quebrarem, para que o seu utilizador esteja sempre seguro.

Qual o tempo exigido para dobragem do paraquedas reserva? Porque deste tempo ?

O tempo no Brasil é de 6 meses, mas na verdade o termo “redobragem” esta errado, é uma reinspeção de sistema ou como no termo técnico uma recertificação de sistema.

Em alguns países esse tempo pode ser diferente do nosso, no entanto isso não quer dizer que lá o equipamento é melhor ou pior que o nosso, tudo depende das condições climáticas encontradas em cada país, foram feitos estudos e chegou-se a conclusão que a incidência de raios UV e fatores como umidade e temperatura de nosso país é igual ou bem próximo aos valores encontrados na Florida USA, onde se encontram muitas fábricas de paraquedas devido a essa igualdade e anos de estudo, chegou-se a conclusão que o tempo de 6 meses para uma reinspeção total do paraquedas estaria de bom tamanho, assim como os fabricantes de paraquedas exigem para os utilizadores nos Estados Unidos.

O que é preciso para se tornar um Rigger ?

É preciso muito treinamento e estudo, estar atualizado sempre é fundamental, pois o mercado é inovador e esta em alta, sempre com novos sistemas e boletins de serviços obrigando os profissionais do mundo a corrigir erros de fabricação encontrados.

É preciso seguir uma ordem obrigatória de treinamento e obtenção de licença que é:

  • Dobrador de Principal
  • Recertificador de sistema
  • Técnico Sênior
  • Técnico Máster

Essa progressão leva em torno de 7 a 9 anos de treinamento e estudos.

Quem emite as licenças para esses profissionais e como isso funciona?

O emissor da licença profissional é o CEM, Comitê de Equipamentos e Manutenção da Confederação Brasileira de Paraquedismo.

Hoje o processo de emissão de licenças para esses profissionais é muito simples e descomplicado, quando a pessoa se achar qualificada e possuir os requisitos mínimos para obtenção da licença profissional, basta solicitar a federação de seu estado para agendar uma avaliação profissional, não é obrigatório a realização de nenhum curso, no entanto lembrando que são anos de treinamento e estudos para que o profissional consiga passar no exame.

Quais os critérios mínimos exigidos pelos profissionais, atletas e alunos do esporte? O que eles esperam de um Rigger?

Em primeiro lugar eles devem exigir que o profissional seja qualificado e credenciado pelo CEM, Comitê de Equipamentos e Manutenção da Confederação Brasileira de Paraquedismo para que o seu paraquedas esteja liberado para saltar nas áreas de salto em território Brasileiro.

Devem exigir que o profissional faça a inspeção completa do paraquedas e confira se existem ou não boletins de serviço emitidos pelos fabricantes de paraquedas antes de “redobrar o reserva”, lembrem-se, isso é um ciclo de reinspeção e não somente de redobragem.

E por ultimo devem exigir que os profissionais sempre sigam as regras e mandamentos do fabricante do paraquedas e do CEM,  que pratiquem apenas exercícios ou trabalhos referentes as qualificações as quais ele possui a licença, pois tentar, achar e talvez não são palavras que os clientes deveriam escutar dos profissionais , afinal o profissional não tenta, ou ele sabe ou não sabe, ele não acha, ou sabe ou não sabe e talvez não é certeza, o profissional que sabe realizar não coloca a sua vida em risco. Os profissionais do CEM são, não só de extrema importância para o esporte como também fundamentais, de acordo com as normas da confederação Brasileira de Paraquedismo é obrigatório que todos os paraquedas de uso no paraquedismo nacional passem por inspeção feita apenas pelos profissionais habilitados e credenciados pelo CEM a cada 6 meses.

Por isso lembrem-se, são vocês que estão pendurados em equipamentos inspecionados por esses profissionais, por isso procurem sempre os habilitados e credenciados, pois o famoso reparo do “sapateiro” pode deixar o seu filho sem um PAI.

Nykolas Montebugnoli
Nykolas Montebugnoli
Rigger Técnico Master é proprietário da Sky Help Parachute Services.

A Sky Help trabalha com serviços gerais em paraquedas; reline, patch, reparo e troca de harness, teste de tensão, lavagem, fabricação e reposição de peças, entre outros serviços para seu equipamento.

Endereço Digital: https://www.facebook.com/skyhelpparachutes/info

Hoje a Sky Help conta com a disponibilidade de fabricação de peças de paraquedas, com material importado, diretamente dos fabricantes de paraquedas no exterior, oferecendo a seus clientes um certo conforto quanto a disponibilidade de aquisição imediata de uma peça para reposição, a Sky Help realiza todo tipo de manutenção em paraquedas, tais como, re-certificação de sistema, reline, patch, teste de tensão, lavagem de equipamento, tune-up, reparo ou troca de harness, dentre vários outros, equipamentos esportivos, tandem, militares e para pilotos.

Conheça o aplicativo para paraquedistas, mantenha-se seguro, conheça o aplicativo Sky Help, é grátis, é para você skydiver.

app sky help

Link Aplicativo:
http://www.mobapp.at/landing/Desktop?appId=e04bb372-0883-4603-ba8b-292ef9245d62#.VIiJm2eZ7IW

 

SkyHelp

 

Links relacionados

Glossário

Artigo “A invenção do Paraquedas

Artigo “Tipos de Paraquedas

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Rigger. Você realmente conhece essa profissão ?

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Glossário

No paraquedismo há alguns termos peculiares ao esporte, aqui criamos um tipo de dicionário a fim de explanar alguns destes, confira:

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“AFF”: Accelerated Free Fall (aceleração em queda-livre), curso avançado de paraquedismo.
Saiba mais em: http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?page_id=173

“AI”: Aluno em instrução, paraquedista que ainda está sob supervisão dos seus instrutores.

Approach: Aproximação, chegada, pouso da aeronave no aeroporto.

Área de Creeping:  Área para simulação de saltos com carrinhos.

Atenção Focalizada:
Capacidade de concentração no que se esta realizando.

Batoque: Alça que o paraquedista segura para dirigir o paraquedas e também para fazer o flare (frear).

Biruta: Equipamento que indica a direção do vento. Também conhecido como Wind direction indicator (WDI), Windsock, ou manga de vento.
Biruta Aero
Biruta


Brief:
Prática no solo do que deverá ser executado durante o salto.

Boogies: Encontros de paraquedistas para realizarem saltos.

Box Position: Posição básica de queda livre, quando o corpo se encontra “selado” com a cabeça para cima, as pernas abertas formando um ângulo da largura dos ombros, os braços levemente para frente.
box position
Box Position

Capotar: (jargão) Perda de estabilidade durante o salto.

CB : Um cúmulo-nimbo ou, em latim cumulonimbus , é um tipo de nuvem caracterizada por um grande desenvolvimento vertical.

CBPq : Confederação Brasileira de Paraquedismo, órgão máximo que regulamenta o paraquedismo nacional, afiliado a FAI – The International Air Sports Federation – e à ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil. A CBPq é autônoma em suas normas de segurança, não sendo submetida à ANAC em relação às normas e regulamentação

Céu Cavok:
Expressão utilizada quando o céu esta aberto e azul

CG: Centro de gravidade

CP: Centro da Posição (hanging point=ponto de suspensão)

Check: Procedimento de checagem do equipamento.

DAA: Dispositivo de abertura automática.

Debrief: Revisão completa feita após o salto pelo aluno e seu(S) Jump Master(s).

Flare: Ato de frear o paraquedas no pouso ou em voo, diminuindo a velocidade vertical e transformando-a em horizontal.

FQL / TR:
Formação em queda livre (formações simétricas em diversas posições com dois ou mais paraquedistas) / Trabalho relativo.

Freestyle: Estilo Livre, é uma modalidade do esporte, vide matéria no link: http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=739

“GOD” ou Gódão: (jargão) Paraquedista com muita experiência ou que se acha muito experiente.

Grip: Contato físico durante o salto. Também levam este nome as saliências do macacão destinadas a facilitar o contato.

Hover: Em queda-livre, cair numa coluna imaginária de ar sem deslocamentos horizontais.

Jargão:  terminologia técnica ou dialeto comum a uma atividade ou grupo específico, comumente usada em grupos profissionais ou socioculturais.

Jump Master: Instrutor

Lenha: Acesse o link http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=143

“Levar uma Vaca”: (jargão) O mesmo que capotar.

Manicaca: (jargão) Dentro do esporte significa paraquedista com pouca experiência. Mas, como há outros significados fora do esporte e não são muito legais, procure não utilizar esse jargão.

Mockup: Molde para teste em tamanho natural, feito com a finalidade de experimentar, ou seja, saber onde são os pontos fracos e fortes em uma idéia, um projeto. No paraquedismo é utilizado molde da porta da aeronave para treinar saídas.

Modalidades:
FQL, FreeFly, Freestyle, Pilotagem de velames (Swoop), WingSuit, TRV e Precisão.

No Contact: Em queda livre, permanecer próximo, porém sem contato físico.

Pára-Quedas, Para-Quedas ou Paraquedas ?: Acesse o link: http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=195

PS: Ponto de saída, de lançamento dos paraquedistas da aeronave.

Pular: Acesse o link: http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=1706

RIGGER: Acesse o link: http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=610

Saltar: Acesse o link: http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=1706

Senta a Púa!: Acesse o link: http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=1648

Sinalizar: Avisar que se está consciente de altura ou prestes a comandar.

Sistema de 3 argolas®: sistema que distribui a carga dos tirantes e, em caso de pane, é usado para alijar o paraquedas principal antes de acionar o paraquedas reserva

Swoop / Pilotagem de Velames: Acesse o link http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=547

TRV: Trabalho relativo de velames.

trv

Velame: Vela ou Velame, quando o paraquedista fala especificamente do “tecido” do paraquedas.

Wave Off: Sinalizar o término do salto cruzando os braços acima da cabeça.  Aviso de “Comandar”

Weather Holds: Suspensão temporariamente dos saltos em virtude das condições de tempo.

WingSuit: Roupa/Macacão especial com asas.

Ocean_Wingsuit_Luchiari

 

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Glossário

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Swoooooop ….. sobre o campeonato 2014

Com ventos fortes e muita tensão o Campeonato Brasileiro e Sul Americano de Pilotagem de Velames deste ano foi intenso, realizado entre os dias 03 e 06 de setembro no Centro Nacional de Paraquedismo em Boituva.SP Brasil, ficou marcado por apresentar novos atletas e novos recordes.

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Na categoria PRO, o atual Campeão Brasileiro confirmou o favoritismo e conquistou pela sétima vez, o lugar mais alto podium, agora HeptaCampeão Kalay Carlos Ribeiro Marques se prepara para buscar uma medalha para nosso país no mundial que acontece em novembro nos Estados Unidos.
Nesta competição Kalay Marques também foi considerado campeão absoluto Latino Americano e ainda quebrou o Recorde Brasileiro de Distância, com uma marca de 151,60mts.

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Atleta Kalay Marques
Photo Gi Natel

Na mesma equipe, porem na categoria INTER o piloto Igor Costa também subiu no lugar mais alto do podium, configurado atleta revelação nesta etapa. Com muita dedicação, treinamento e paixão pelo esporte, Igor Costa fez por merecer o primeiro lugar na categoria com louvor.

Igor Costa
Atleta Igor Costa
Photo Gi Natel

O troféu Fair Play ficou com o querido “Ramela” Rodrigues, considerado o atleta mais camarada !!!

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Fair Play  Ramela

Ramela ainda foi o primeiro colocado na “categoria” Velocity , ou seja, na frente dele ficaram apenas os atletas que voaram os “protótipos” Petra e Peregrine.


Em Destaque
, com reconhecimento internacional o atleta Eduardo Meirelles foi congratulado pela página da Icarus Canopies by NZ Aerosports pela sua alta performance na categoria velocidade, Edu Meirelles conquistou o Recorde Brasileiro e Latino Americano de Velocidade realizando o percurso em menos de 2 segundos, mais precisamente em 1.961 segundos, é realmente muito rápido, Parabéns Dú !!!

Dú
Atleta: Eduardo Meirelles

Confira o vídeo deste recorde: https://www.facebook.com/video.php?v=745807798789356&set=vb.100000804295075&type=2&theater

Que venha o Mundial !!!

Link Relacionado

O que é Swoop: http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=547

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Swoooooop ….. sobre o campeonato 2014

 

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Campeonato Brasileiro e Latino Americano de Pilotagem de Velames 2014

Entre 03 e 06 de setembro acontece em Boituva / SP no Centro Nacional de Paraquedismo o Campeonato Brasileiro e Latino Americano de Swoop ou Pilotagem de Velames 2014.

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O Swoop é a única modalidade do paraquedismo que pode ser vista a olho nú.
Não perca esta oportunidade única de assistir os melhores pilotos da América Latina voando seus paraquedas de altíssima performance a mais de 100Km/h, rente ao chão!

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Atleta: Eduardo Meirelles
Campeonato Americano de Pilotagem de Velames 2014.
Zephyrhills, EUA.

O Campeonato:

Finalidade:
Regulamentar  as  atividades  a  serem  desenvolvidas  para  e  no  Campeonato  Brasileiro  de  Pilotagem  de Velames  2014, que  será  realizado  no  Centro  Nacional  de  Paraquedismo,  cidade  de  Boituva,  Estado  de São  Paulo,  Brasil,  entre  os  dias  03  a  07  de  Setembro  de  2014,  que  ocorrerá  junto  ao  Campeonato Latino Americano da mesma modalidade.

Objetivos:

a) Determinar os Campeões Brasileiros  de Pilotagem de Velames 2014  nas provas de Precisão, Distância, Velocidade e Absoluto, bem como os segundos e terceiros lugares em cada categoria

b) Estabelecer quebras de recordes brasileiros de PV.

c) Promover e desenvolver a modalidade de Pilotagem de Velames.

d) Proporcionar a todos os participantes a troca de experiências, conhecimentos e informações.

e) Compartilhar ideias e estreitar laços de amizades entre os atletas, árbitros e pessoal de apoio.

f) Aprimorar métodos e práticas de julgamento.

g) Definir o ranking dos atletas para representar o Brasil nas competições internacionais.

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Atleta: Kalay Carlos Ribeiro Marques
Photo: Gi Natel

Categorias, Provas e Regulamentos:

O  Campeonato  será  disputado  nas  categorias  INTER  e  PRO,  nas  provas  de  Distância, Velocidade e Precisão, ao final também estabelecendo o Absoluto Geral (soma de todas as provas).

Para este campeonato serão  aplicados,  no  que  couber,  o  CÓDIGO  DESPORTIVO  DA  CBPq,  o REGULAMENTO  FAI  DE  PILOTAGEM  DE  VELAME  (Competition  Rules  for  Canopy  Pilotin  FAI),  e  o REGULAMENTO PARTICULAR DA COMPETIÇÃO (o Boletim número 01, o Boletim número 02, etc, e o que será determinado na reunião Preparatória). Sendo que, em caso de conflito entre os enunciados dos regulamentos citados e o REGULAMENTO PARTICULAR, o previsto no último, terá precedência sobre os demais.

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Atleta: Igor Costa
Photo: Gi Natel

Localização e Condições da Área de Saltos:

A área  de  saltos  fica  na  cidade  de  Boituva.SP,  a  cerca  de  120  km  da  cidade  de  São  Paulo  que  oferece grande quantidade de vindos das diversas regiões do Brasil.

Boituva abriga a maior área de saltos da América Latina, considerada uma das maiores do mundo, no ano de 2013  lá  foram  realizados  cerca  de  115.000  (cento  e  quinze  mil)  saltos,  com  lançamentos  regulares durante  todos  os  dias  do  ano,  possui  aeronaves  Caravan  disponíveis  para  o  treinamento  dos  atletas também antes da competição.

Oferece toda infraestrutura de hospedagem, alimentação dobragem, venda e manutenção  de equipamentos e todos os  outros  itens  necessários para a realização do evento.  Dezenas de Campeonatos Brasileiros de todas as modalidades  já foram realizados ali e em 2005 foi a sede do Campeonato Mundial de Eventos Artísticos FAI/IPC.

Altitude da Zona de Saltos: 2.050 pés

Direção predominante do vento: Sul no período da manhã e Norte no período da tarde

Velocidade média esperada do vento: 15 km/h.

Temperaturas esperadas para a época: mínima 12C; máxima: 25C; média: 18,5C

Localização: latitude: 23º17’00” sul e a uma longitude: 47º40’20” oeste

Esta será a primeira competição no novo Pond agora com as medidas oficiais.

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Pond CNP Boituva.SP Brasil
Photo: Ramela Rodrigues
Confira os boletins da CBPq no link:
https://www.cbpq.org.br/noticias/boletins/boletim-pv-01-2014

 

Saiba mais sobre  S W O O P  em:
http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=547

 

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E não deixe de comentar, sua opinião é importante para nós, o esporte agradece.

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O que é Swoop ?

Swoop ou Pilotagem de Velames é uma modalidade do paraquedismo que acontece a baixa altitude, onde o paraquedista voa próximo ao solo em altas velocidades, testando sua habilidade e precisão através de um mergulho com o paraquedas.

​Nesta modalidade, o paraquedista sai do avião a 5000 pés de altura – cerca de metade da distância de um salto convencional – e abre o seu paraquedas imediatamente após a saída. E por isso o Swoop vem atraindo uma multidão de espectadores, pois diferente das outras modalidades do esporte que são praticadas em queda livre, longe dos olhos do público, o Swoop pode ser apreciado de perto.

​​Os atletas então se aproximam de uma espécie de raia de piscina conhecida como pond, devendo passar horizontalmente a apenas alguns centímetros do chão, por esse corredor aquático cercado por bandeiras e sensores para cumprir, com a máxima excelência, as três disciplinas disputadas em um campeonato: precisão, velocidade e distância.

​​O paraquedas de quem pratica o Swoop é menor do que o de costume, o que lhes permite deslizar pelo ar em velocidades que chegam a mais de 100 Km/h. A regra é: quanto mais rápido, melhor!​

Atleta Waldisio Moreira Junior Skydiveonline luchiari paraquedismo
Atleta: Waldisio Moreira Junior
Links relacionados:

Tipos de Paraquedas

A invenção do Paraquedas

Rigger, Você realmente conhece essa profissão ?

#SkydiveOnline

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O que é Swoop ?

 

 

 

 

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Recorde Brasileiro FreeFly

Em 29 de agosto de 2014 o paraquedismo ganhou mais um recorde, o brasileiro de freefly, 18way headdown !!!

Uma grande equipe fez parte desse recorde, ao todo foram 24 atletas em treinamento continuo durante o ano, 2 pilotos e uma equipe de solo excelente, tudo feito através da  Fly Factory Freefly School no centro nacional de paraquedismo em Boituva.SP.

Os treinamentos vinham sendo realizados a 2 meses, a quebra programada para um dia antes teve que ser adiada e após alguns ajustes na sexta dia 29 o recorde foi conquistado, foram sete saltos no dia, todos a 16 mil pés de altura, duas aeronaves Caravan  fizeram o lançamento em ala, ambas utilizaram oxigênio complementar devido a altura, foram 18 atletas para a formação e 2 câmeras para o registro do recorde.

O Recorde anterior era uma formação de 14-way batido no ano de 2012, o próximo objetivo é um 21way, Aguardem !!!

18way headdown
Recorde Brasileiro Freefly 18Way
FreeFly HeadDown (Estilo livre voo / de cabeça para baixo)
photo by Renê Simenauer

fox

romeu

Lista Oficial com atletas do 18-way – Recorde Brasileiro de FreeFly

Base:
Ale Primo
Claudio Knippel
Rogerio Robotton
Eslin Saldanha
Marcelo Pereto
Paulo Henrique Perini

Primeira linha de Stingers:
João Tambor
Flavio Santoro
Fabio Alvin Brandt
Vitor Benassi (PiuPiu)

Segunda linha de Stingers:
Daniel Cruz
Paulo Antunes
Jean Agostinho
Johnatan Lastri

Última linha de Stingers:
Surian Mota
Zeh Palhares
Derel Skydive
Kalay Carlos Ribeiro Marques

Câmeras:
Paulo Pires
Renê Simenauer

Links Relacionados:

FreeFly:
http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=716

Recorde Mundial HeadDown:

Recorde Mundial Vertical 164Way Head Down



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Recorde Brasileiro FreeFly

 

 

 

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Campeão e Novo Recordista Brasileiro FQL 2014

Recentemente acompanhamos o campeonato Brasileiro de FQL (Formação em Queda Livre) 2014, tal modalidade vem conquistando cada vez mais adeptos e apaixonados pelo esporte, aqui destacamos a incrível participação da equipe mineira UAISPEED que em 2013 conquistou o 2º lugar no Campeonato Brasileiro de FQL (modalidade 4-way) realizado em Resende.RJ.

O 4-way é a modalidade do paraquedismo que consiste na formação em queda livre de 4 paraquedistas, com o intuito de formar o maior número possível de figuras em uma sequência de saltos com duração de 35 segundos cada, sendo a modalidade que possui a maior quantidade de competidores.

4way UAISPEED

Agora em 2014 a equipe conquistou o 1º LUGAR na modalidade 4Way categoria inter (intermediário) , sim é da UAISPEED o lugar mais alto do pódio do campeonato brasileiro deste ano, e mais, com média de 11,6 pontos eles bateram o RECORD anterior de 11,5 e passaram para a categoria Senior no esporte.

A equipe conta com 6 amigos/paraquedistas interessados em melhorar suas habilidades e performance, visando participarem de campeonatos na modalidade FQL 4-way.
Daniel Roberto, Hugo Faria, Fabiano Florio e Fábio Dattoli formam o quarteto realizador das imagens, para registrá-las o quinto integrante, o cameraman Márcio Araújo, especialista em imagens.
Todos os integrantes são paraquedistas experientes, com centenas de saltos cada, e já participaram de diversos treinamentos no Brasil e exterior. Têm a peculiaridade de se conhecerem, há alguns anos. O UAISPEED está comprometido com a evolução do esporte.

Um ano e meio de muita dedicação, trabalho, foco e realização! Nossos agradecimentos a todos que nos ajudaram de alguma forma nessa jornada! Em especial nosso coach’s Pedro San e Kirk Verner.  Nosso alternate, Anderson Hofman. A todos os amigos de Boituva pelo carinho e apoio!”  Daniel Roberto.

O treinador  do UAISPEED é Pedro Ushizima Jr (Pedrosan), paulistano, com mais de 20 anos no esporte,  cerca de 8000 saltos, mais de 500 horas de túnel de vento (simulador de queda livre), 8 vezes campeão brasileiro de formação em queda livre e campeão panamericano em 2006,  nesta mesma modalidade. Instrutor AFF/BBF, Load Organizer em Boogies, coach de times de 4 e 8-way  e 102 way no Arizona em 2010 e 2011.

UAISPEED TEAM

Atuantes, os membros do UAISPEED integram também a gestão atual da Federação Mineira de Paraquedismo (PARAMIG), desde fevereiro de 2014,  na presidência Fabiano Florio (Esqueleto), Daniel Roberto (Night) vice-presidente, Fabio Dattoli (Baiano), Hugo Faria (Papa) e Márcio Araújo participam como membros suplentes, realizando um trabalho incrível em prol do esporte.

Esse time também participou do Recorde Mineiro de Formação em Queda Livre em 2013, realizado com 25 paraquedistas no final de semana dos dias 02 e 03 de novembro daquele ano no CNP Boituva.SP, organizado e realizado com muita competência pela (PARAMIG).

Saiba mais em UAISPEED website: http://www.uaispeed.com.br/

 

Por Alessandro Luchiari (Luchiari)
Paraquedista filiado a CBPq desde 1994

Link Relacionado: Campeonato Brasileiro de Formação em Queda Livre e Copa Latinoamericana de FQL 2014.

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Campeão e Novo Recordista Brasileiro FQL 2014

 

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A Internet e o Esporte

Praticamente metade da população brasileira conta com acesso à internet, segundo dados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2013, que foi divulgado nesta quinta-feira, 24 de julho de 2014.
O relatório revela que 49,8% dos brasileiros podem se conectar. No mundo todo, apenas 35,5% da população têm acesso.

fonte: PNUD  http://www.pnud.org.br/IDH/DH.aspx

Mas os dados sobre o Brasil podem estar defasados, pois o IDH leva em conta informações do programa das nações unidas para o desenvolvimento (PNUD) de 2012, as mais atuais disponíveis. De lá pra cá pode ter havido um crescimento agressivo na quantidade de internautas no Brasil.

A internet faz parte do cotidiano da maioria dos atletas, nela podemos buscar informações sobre o esporte, sobre campeonatos, vídeos, comprar e vender equipamentos, fazer contatos, entre outras ferramentas disponíveis na rede. Mas atenção, ao navegar tenha cuidado com as informações “jogadas” na rede, busque histórico, pergunte a profissionais da área, procure por informações correlativas, check fontes. A internet não tem governança centralizada em qualquer aplicação tecnológica ou políticas de acesso e uso, cada rede constituinte define suas próprias políticas, porem faz-se necessário saber a procedência das informações, assim como a qualidade das mesmas.
De fato, a internet não oferece os controles de qualidade mais básicos impostos pelos jornais e revistas, a não ser no caso das páginas erguidas por instituições de renome onde há assinatura dos artigos publicados.

Um bom exemplo de rede social é o facebook, sem dúvida a maior rede social do mundo. Sua ascensão é exponencial e muito à frente de seus concorrentes, com centenas de milhões de usuários em sua base, seu grande trunfo foi desenvolver uma plataforma fácil e abrangente para que desenvolvedores pudessem utilizar as vantagens da socialização a seu favor. A facilidade e a democracia do acesso é a grande contribuição do facebook a internet. Mas nem todos são igualmente sábios e/ou escrupulosos e precisamos sempre estar cientes que nenhuma mensagem ou página exposta na rede, não importa quão profissional ela pareça ser, passa pela revisão de especialistas independentes em precisão.

 

 

 

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Campeonato Brasileiro de Formação em Queda Livre e Copa Latinoamericana de Formação em Queda Livre 2014

O Centro Nacional de Paraquedismo Brasileiro localizado na cidade de Boituva.SP esta a todo vapor, a área se prepara para receber o Campeonato Brasileiro de Formação em Queda Livre de 2014.
O evento acontece entre os dias 28 de julho e 1 de agosto e deve reunir os melhores times de FQL do Brasil.

campeonato brasileiro fql 2014

Organização:

– O Comitê Organizador é o Comitê de Formação em Queda Livre – CFQL e a SKYDIVE 4FUN, juntos, cuidarão de toda a infra-estrutura e organização do evento;

– O Júri da competição será formado pelo Controlador CBPq, pelo Diretor do Campeonato e pelo Juiz Chefe;

– O Controlador da CBPq será o Sr. Jorge Derviche (Jota), Árbitro CBPq e Juez Colpar, Presidente da COLPAR;

– O Diretor do Campeonato será o Sr. João NEVES Junior – Juiz Colpar/Arb CBPq;

– O Juiz Chefe do Campeonato será o Sr. Jelson AMORIM – FAI Parachuting Judge / Juez Colpar, Chefe do CARBI

CBPq e Presidente do CARB COLPAR;

– O Juiz da Prova de FQL 4 e FQL 8 será ANUNCIADO E DECLARADO esta semana no Boletim Informativo Nº 02 no site da CBPq;

– Os Juízes do Painel serão ANUNCIADOS E DECLARADOS no Boletim Informativo Nº 02 da CBPq;

– Outros Juízes poderão ser agregados e participar do quadro de arbitragem da competição, sob a supervisão do Juiz-chefe e do Juiz de prova; Haverá um estágio prático para Árbitro CBPq paralelamente ao Campeonato. Os árbitros Regionais e outros, necessitando de reciclagem e considerando-se prontos a serem avaliados para evolução a árbitro CBPq, às suas próprias expensas ou de suas Federações, poderão se apresentar na Reunião dos Juízes e participar do Painel para serem avaliados.

– A secretaria do campeonato estará a cargo da Sra. Suely Narbot, secretaria da CBPq, em conjunto com a Srta. Laís Camargo , da Skydive 4Fun e participação da Sra. Carolina Rubio do CFQL;

– O Manifesto estará a cargo da Secretaria do Campeonato sob supervisão direta do Diretor do Campeonato;

– A responsabilidade da ilha de edição será ANUNCIADA E DECLARADA no Boletim Informativo Nº 02 da CBPq;

– O apoio aéreo será prestado por aeronaves Caravan da Skydive 4Fun, cujos detalhes operacionais serão fornecidos no Boletim Informativo 02 da CBPq;

– diariamente haverá uma reunião dos Capitães de Equipe com o Diretor, no inicio do dia e outra ao final das atividades do dia, para definir e/ou comentar as atividades do dia e determinar as do dia seguinte.

Composição das Equipes:

Provas de FQL

I. FQL-4 Intermediário – até 6 (seis) atletas, no mínimo Cat. B, que não tenham participado de nenhum Campeonato Brasileiro na categoria FQL-4 Open, sendo permitida apenas uma (01) exceção com experiência prévia em competições OPEN.

II. FQL-4 Feminino – até 6 (seis) atletas, sendo exigido que TODA a equipe, exceto o câmera, seja composta exclusivamente por atletas femininas Cat. B ou superior.

III. FQL-4 open – até 6 (seis) atletas, no mínimo Cat. B, e um câmera.

IV. FQL-8 – até 10 (dez) atletas, no mínimo Cat. B, e um câmera.

FQL 4

Desenvolvimento das Provas:

Regra Básica: Todas as provas serão regidas e avaliadas segundo o Regulamento Específico para Campeonatos Brasileiros de Formação em Queda Livre – Edição 2014, no Regulamento Brasileiro de Paraquedismo Desportivo (ambos encontram-se publicados no website da CBPq – www.cbpq.org.br), nos Boletins Informativos 01 e 02 da competição (regulamento particular do evento) e nas decisões firmadas na Reunião Preparatória, em caso de conflito, as decisões contidas nos Boletins Informativos 01 e 02 e tomadas na Reunião Preparatória, terão precedência sobre os outros dois.

Para as competições das diversas modalidades (FQL-4 OPEN, FQL-4 INTER e FQL-4 FEMININO e FQL-8) serem validadas oficialmente, elas deverão ser disputadas por no mínimo 03 (três) equipes.

No caso do FQL-4 feminino apresentarem-se apenas uma ou duas equipes, estas entrarão automaticamente na disputa pela categoria OPEN e a categoria Feminina não acontecerá. Da mesma forma ocorrerá com a categoria INTER, ou seja, caso não se observe se houver a inscrição mínima de 03 (três) equipes competindo na prova, estas equipes concorrerão automaticamente na categoria OPEN. Havendo a inscrição inicial de três equipes, e uma equipe não comparecer ao embarque, a prova terá validade e somente as equipes que a completaram serão premiadas.

Rodadas: Todas as provas de FQL 4, serão disputadas em 10 rodadas, sendo que todas as equipes deverão completar uma rodada, no mínimo, para validar o Campeonato.

Para a 9ª (nona) rodada, só irão as cinco equipes melhores classificadas até a oitava rodada ou, no mínimo 3 (três) melhores classificadas até a 8ª rodada, assim como, para a 10ª (décima) rodada, só irão as quatro melhores equipes classificadas até 9ª (nona) rodada.

Programação Diária:

27 de julho de 2014 Chegada e treinamento das equipes, reunião do Staff da CBPq com os Organizadores locais;

28 de julho de 2014 19:00 horas – Reunião Preparatória de FQL-4 (Open, Inter e Feminino);

20:00 horas Reunião dos Juízes;

29 de julho de 2014 08:00 horas – Cerimônia de abertura do Campeonato Brasileiro de FQL e, inicio dos saltos

de competição na sequência, os quais se prorrogarão até o por do sol;

30 de julho de 2014 Saltos de competição de FQL-4 (entre 07:00 e por do sol)

30 de julho de 2014 18:00 horas – Reunião Preparatória de FQL-8

31 de julho de 2014 Saltos de competição de FQL-4 e/ou 8 (entre 07:00 e por do sol)

01 de agosto de 2014 Saltos de competição de FQL-4 e/ou FQL-8 (entre 07:00 e 14:00 horas)

01 de agosto de 2014 Saltos de desempate e/ou ressaltos de FQL-4 e/ou FQL-8 (Entre 14:00 e 15:00 horas)

01 de agosto de 2014 (a partir das 15:00 horas) – Cerimônia de premiação e encerramento do Campeonato Brasileiro de FQL 2014.

01 de agosto de 2014 (a partir das 19:00 horas) – Partidas das Delegações, Atletas e Direção.

a – Outros e complementares detalhes, constarão do Boletim número 02, que será divulgado até 30 dias antes da competição (28 junho 2014);

b – A presença dos Capitães de Equipe nas Reuniões Preparatórias, é importantíssima, pois as decisões nelas tomadas são definitivas e com força de Regulamento. A ausência do Capitão de Equipe na Reunião Preparatória, significa que Ele concorda, no total, com o decidido por aqueles que estão presentes.

Os times campeões brasileiros em 2014 estarão classificados para representar o Brasil no Campeonato Mundial em 2015.

Links Relacionados:

UaiSpeed: http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=481

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Campeonato Brasileiro de Formação em Queda Livre e Copa Latinoamericana de Formação em Queda Livre 2014

 

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Recorde Sul Americano 74way com 2 pontos! Por Fabio Pelayo

NOVO RECORDE SUL AMERICANO 74 way 2 pontos

Aconteceu em 31 de maio de 2014 em Perris, Califórnia, USA o evento chamado BW2P Sul Americano (Big Way 2 Points), onde um grupo de paraquedistas buscavam um recorde inédito para o Brasil e América do Sul, que é a Formação em Queda Livre com 2 pontos.

Para cumprir a regra FAI é necessário que a figura seja no mínimo 25% da maior figura de 1 ponto e que ao menos 35% das pessoas tenham as posições alteradas.

O primeiro dia foi de treino em grupos menores de 22 paraquedistas.

Logo no segundo dia começaram os saltos de tentativa e já no primeiro salto do dia foi estabelecido o primeiro recorde com uma figura completa de 34 paraquedistas formando 2 pontos.
Ainda no primeiro dia o mesmo recorde foi batido duas vezes, com uma figura de 40 no segundo salto e uma de 50 no quarto salto do dia.

BRDT - 74 way - 03photo Luciano Bacque

No terceiro dia do evento o grupo principal cresceu para 60 pessoas e no terceiro salto do dia o grupo obteve sucesso com uma formação completa de 60 pessoas com 2 pontos. Ao mesmo tempo o segundo grupo que treinava para agregar ao grupo maior estabeleceu o Recorde Sul Americano de 3 pontos com uma figura de 27 pessoas completas com 3 pontos seguindo as mesmas regras FAI.

BRDT - 74 way - 01 74way 1ºpto

No quarto e quinto dia o grupo realizou mais 6 saltos buscando ampliar a marca com tentativas de até 83 pessoas.
Após alguns ajustes de posições o Recorde novamente foi batido com um salto de 74 pessoas com 2 figuras completas.

BRDT - 74 way - 0274way 2ºpto

Vale ressaltar o altíssimo nível do evento, que transcorreu em um excelente clima de conquistas uma atrás da outra e saltos com muita segurança que receberam elogios do staff da Skydive Perris.

BRDT - solicitacao oficial de recordeHomologação Recorde

Gostaria de agradecer a todos atletas que fizeram este evento acontecer, em especial aos 3 parceiros Paranaenses no evento: André de Paula, Robson Sanchez e Vitor Tamarozi.

Queria também agradecer os demais parceiros que trabalharam como capitães de grupo (Padilha, Fernandão, Coco e Guile) e a o X-Team Ricardo, Rogério e Pedro.

Sem dúvida também o sucesso do evento se deu devido ao grupo na organização do evento, a Carmem Pettená, coordenando todo o evento, o Baca na organização do manifesto, figuras, computação, ao Guga no trabalho do site do BRDt, a todos os câmeras, pilotos e dobradores do evento e sem dúvida ao staff da Skydive Perris que nos acolheu e possibilitou a estrutura para o evento acontecer.

Foto Fabio Pelayo

Fabio Pelayo
3800 saltos, praticante desde 1995, Capitão de setor do BRDT, tendo participado de todos os recordes brasileiros de formação desde 2002.
Atleta competidor de Pilotagem de Velame com participações em diversas competições nacionais e internacionais, tendo sido campeão brasileiro em 2008 e melhor colocação internacional no Mundial de Dubai de 2011 como 15º colocado do mundo.
Instrutor de Paraquedismo e Piloto de Salto Duplo pela FLY Londrina Clube de Paraquedismo.

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Recorde Sul Americano 74way com 2 pontos! Por Fabio Pelayo

 

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Documentário – Centro Nacional de Paraquedismo CNP BR! Por Marcus Morandi

Em novembro de 2013 criamos o Caderno L, para amigos, paraquedistas e profissionais da área compartilharem suas experiências, seus conhecimentos, ensinamentos e atividades em prol do paraquedismo. Estreiando esse novo espaço, o amigo e paraquedista Marcus Morandi colaborou com um artigo muito interessante sobre a sequência completa de um salto de paraquedas, desde então Morandi trabalhara em um documentário sobre o CNP.

Aqui compartilhamos o link do documentário, com depoimentos de amigos, atletas, pilotos e profissionais da área que através das suas trajetórias em muito contribuíram e ainda contribuem para a evolução do esporte.

CNP

“Neste documentário vimos as características de eficiência, segurança e produtividade que tornaram o CNP uma das maiores referências do Paraquedismo mundial.”
Marcus Morandi.

Saiba mais em: http://www.paraquedismo.tv/

 

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Documentário – Centro Nacional de Paraquedismo CNP BR! Por Marcus Morandi

 

 

 

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Acorde e salte com segurança! Por Dan Brodsky-Chenfeld

Você tem que estar sempre um passo à frente do jogo. Você precisa estar pronto. Não descanse nem por um segundo. Quando antecipamos o problema respondemos corretamente e imediatamente. Ser surpreendido pela situação deixa seu tempo de reação mais lento.

ACORDE E SALTE COM SEGURANÇA

Neste artigo cedido pelo amigo Dan Brodsky-Chenfeld podemos obter dicas valiosas sobre segurança no esporte, de uma maneira direta e sincera, veja algumas delas por Dan BDan.

Acorde e salte com segurança, começamos com um exemplo típico, um hard pull , um comando do pilotinho difícil. Muitas vezes tenho visto paraquedistas comandando baixo. Quando eu pergunto o que aconteceu eles dizem que tiveram dificuldade para encontrar ou para puxar o pilotinho. Mas eles conseguiram na terceira tentativa. Se eles conseguiram na terceira tentativa é porque não foi tão difícil assim. A única diferença é que na terceira vez eles já esperavam que ia ser difícil e levaram a sério a ponto de puxar com atitude. Espere que seja difícil toda vez e seja sério na sua primeira tentativa.

Eu nunca ouvi falar de alguém que esteve em uma colisão de velames ter visto o outro velame próximo. Eles não viram o outro vindo porque eles não estavam olhando. E eles não estavam olhando porque eles pensam que isso nunca vai acontecer com eles. Como regra geral nós não separamos mais após a abertura, nós ficamos mais próximos. As pessoas não abrem e voam para longe. Na maioria das vezes nós estamos todos mirando para a mesma área de pouso. Depois de abrir nós ficamos cada vez mais perto uns dos outros. Velames estão convergindo. Se você não está olhando você está procurando uma colisão de velames. Não estou pedindo para que todo mundo navegue assustado. Apenas acorde. Esteja atento, esteja pronto, esteja em controle, não seja uma vítima. Se você fizer isso você vai evoluir até se tornar um paraquedista velhinho. E não vejo a hora de festejar com todos os meus amigos paraquedistas velhinhos por muitos anos.

Tenho visto e ouvido muitas histórias de paraquedistas que levaram muito tempo para decidir o que fazer com o velame que não está funcionando perfeitamente após a abertura. Paraquedistas pousando velames que eles deveriam ter desconectado ou sendo indecisos e levando muito tempo para desconectar, algumas vezes com resultado fatal. Nós frequentemente ouvimos pessoas dizendo, “Eu pensei que conseguiria resolver isso”, “Eu não tinha certeza se estava bom ou não.” Se você tiver que perguntar pra você mesmo se o velame está bom ou não, então não está bom!
Lembre de quando você era um aluno. A queda-livre era rápida e barulhenta, seu coração batia forte, adrenalina correndo pelas suas veias. Você jogava seu pilotinho e gentilmente desacelerava enquanto seu paraquedas se abria. Pendurado embaixo do seu paraquedas estava tudo calmo e sereno, o oposto da queda livre. Ao olhar pra cima e ver seu velame era quase como se ele estivesse olhando para você e dizendo “Está tudo bem, eu peguei você”. Você sentia como se estivesse se apaixonando pelo seu velame, seu melhor amigo.
Então, se depois de comandar você olhar para o seu velame e não estiver se apaixonando, DESCONECTE!
Fique esperto, se mantenha seguro lá em cima.

Dan Brodsky-Chenfeld

O americano Dan BDan (Tenecula, CA, United States) é membro fundador do time de 4-way Arizona AirSpeed, multi campeão mundial, é um dos Coachs do P3 Skydiving e gerente da área de saltos Perris Skydive na California, também é autor do livro Above All Else

Após um grave acidente de avião Dan ficou gravemente ferido, das 22 pessoas a bordo 16 morreram, contra todas as probabilidades, ele se recuperou e passou a se tornar um campeão mundial de paraquedismo, em “Above All Else” ele conta sua história inspiradora de esperanças, sonhos, seu incrível retorno e o que o paraquedismo representa nessa etapa.

“I am still amazed at how much I love skydiving.”
Dan Brodsky-Chenfeld

2091 Goetz Rd Perris, CA 92570
Telefone +1 (951) 551-4825
Email dan@danbc.com
FB: https://www.facebook.com/dan.brodskychenfeld

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Acorde e salte com segurança! Por Dan Brodsky-Chenfeld

 

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Tecnologia no mundo do Paraquedismo – Google Glass

Já ouviu falar no Google Glass ? Também chamado de óculos de realidade aumentada, é um novo projeto da Google Inc., uma empresa multinacional de serviços online e software dos Estados Unidos. O dispositivo conta com conexão via internet e possui várias funções como: câmera, ouvir músicas, acessar redes sociais, ver a previsão do tempo, tirar fotos, entre outras.

O Google Glass possui tamanho e design de um óculos tradicional. A sua armação é discreta e bem fina. No lado direito da armação há uma parte mais saliente onde está localizado todo o equipamento presente do aparelho, como o processador, câmera, microfone e sensores de som.

google glass skydive

A princípio a ideia é boa, mas para o paraquedismo há controvérsias, o lado bom é a comodidade, de fácil manuseio, leve, mas os pontos negativos são muitos, além do preço muito alto a qualidade de imagem é limitada a 720p HD e as fotos a 5mp, o que deixa a desejar para qualquer outra câmera utilizada para a pratica do esporte, GoPro, Sonny, Xtrax, entre outras com mais qualidade na captura de imagens.

Confira algumas imagens neste vídeo recém postado no YouTube:

Exploring Google Glass Skydive

 

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Tecnologia no mundo do Paraquedismo – Google Glass

 

 

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Speed Skydiving …

Agora é Oficial !!!

Paraquedistas de velocidade, essa categoria agora é reconhecida pela FAI (The International Air Sports Federation) agora é uma disciplina oficial.

Campeonatos Mundiais e Copas do Mundo agora contarão com velocidade no rol de disciplinas, voce vai ver mais pessoas em trajes apertados indo a 300 mph de agora em diante!

O árduo trabalho de Arnold Hohenegger, apoiado por Larsen & Brusgaard ​​e os outros membros do conselho ISSA como Mikey Lovemore podem se orgulhar do reconhecimento feito pela FAI  que trará mais exposição e desenvolvimento de habilidades para o esporte mais rápido do planeta!

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Comprometida com a velocidade.

A FAI criou uma disciplina de sub-comissão encarregada de supervisionar todos os aspectos da competição de paraquedismo velocidade. Compreendendo principalmente concorrentes atuais, a comissão é composta por:

Elisabet Mikaelsson (Suplente Delegado SWE), Presidente
Johann Gritsch (Delegado AUT), Presidente Adjunto
Arnold Hohenegger (AUT),
Michael Lovemore (GBR),
Thomas Moritz Friess (GER).

“Estou muito feliz que Speed ​​Skydiving agora é um evento oficial do IPC. Nunca fiz um salto de alta velocidade! Mesmo assim meu objetivo é fazer com que essa categoria seja conhecida no mundo todo, mas vou precisar da ajuda de todos vocês. ”
Elisabet Mikaelsson, Presidente da Comissão velocidade IPC em reportagem pela própria FAI.

Tempo para chegar lá e obter a sua velocidade max!

O atual recorde mundial é de Marco Wiederkehr, da Suíça, a 330 mph (531 kmh) de velocidade média ao longo de um quilômetro ! O recorde feminino é de 442,73 kmh , realizado por Clare Fryer do Reino Unido.
Será que vamos ver estes quebrado em breve?

Addictive

“Pessoalmente, estou animado sobre estar envolvido em velocidade Skydiving no momento. É uma disciplina que vicia e muito.
Depois de organizar competições, competir, treinar pessoas, incentivar o esporte, estou ansioso para ver o quanto esse reconhecimento e exposição irá aumentar o nível de habilidade e número de Speeders concorrentes.”
Mikey Lovemore, ISSA Conselheiro, Comitê velocidade IPC, BPA Speed Skydiving Rep.
(Formado AFF em Citrusdal – África do Sul  em 2001, 1800 + Jumps – FF, Tandem Câmera, TV / Câmera Comercial, Filmes e expedição Skydive, FF e Speed Coach.)

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Eventos de Velocidade 2014

Os seguintes eventos já estão confirmados este ano :

ISSA World Series Meet
11-13 April: 1st Round, Fano, Italy.

Speed Skydiving Camp
26-27 April: wr. Neustadt, Austria. With Rene Hompasz.

BPA Speed Coaching Roadshow
24-25 May: with Mikey Lovemore, Skydive Sibson, UK

ISSA World Series Meet
29 May-1 June: 2nd Round, Günzburg, Germany.

ISSA World Series Meet & Open Dutch Nationals
5-8 July: 3rd/final Round, Teuge, Netherlands

BPA Speed Coaching Roadshow
26-27 July: with Mikey Lovemore, Skydive Hibaldstow, UK

Open Swedish Nationals
29 July – 1 Aug: Gryttjom, Sweden.

Open Austrian Nationals
8-10 Aug: Hohenems, Austria

Open British Nationals
13-15 Sept: Skydive Hibaldstow, UK

1st IPC Speed World Championships
24-3 Aug: Prostejov, Czech republic.
O site ISSA (International Speed Skydiving Associaton) tem regras , horários de competição e um banco de dados recordes de velocidade .

http://www.speedskydiving.eu/

http://www.fai.org/

Vídeo Speed Skydiving

 

Alessandro Luchiari (Luchiari)
Paraquedista filiado a CBPq desde 1994

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Speed Skydiving …

 

 

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Dicas de pouso para garotas! Por Grace Katz

Nos meus anos de paraquedismo, tenho percebido uma tendência, grande parte das mulheres não tem muito sucesso pousando seus paraquedas. Claro, meninas geralmente pousam e saem andando sem sérios problemas, o que alguns poderiam classificar como pousos bem sucedidos. Entretanto, muitos desses pousos deixam as mulheres machucadas, doloridas ou cobertas de poeira. Esses pousos são realmente bem sucedidos?

Tenho observado que frequentemente meninas pousam com os pés, joelhos, peitos, rosto, mãos… e algumas vezes continuam rolando ou sendo arrastadas até o momento em que o velame perde velocidade. Isso não é bonito e certamente não é confortável. Esse tipo de pouso aumenta o risco de lesões sérias. E francamente, é embaraçoso. Eu sei, eu costumava ser aquela garota sendo arrastada pela sujeira.

Eu também tenho observado mulheres que pensam que apenas levantando as pernas vão fazer um pouso deslizando sentada e acabam caindo forte no chão sobre a bunda. Ouch! Isso pode causar machucados e até fratura no cóccix, e aumenta o risco de lesões na coluna.

Sem aprender a voar e pousar o velame corretamente, é só uma questão de tempo até a gente se machucar.

A boa notícia é que existe esperança para todas nós. Muitas mulheres habilidosas com o velame começaram no esporte com pousos ruins. Essas mulheres aplicaram técnicas e dicas que ajudaram a tornar seus pousos mais seguros, e eventualmente mais eficientes.

Com isso em mente, eu gostaria de dividir o que tenho aprendido para sobreviver em meus pousos.

Existem basicamente três métodos de pousar de forma segura; em pé, deslizando sentada ou fazendo rolamento.

Pousos em pé geralmente requerem correr na velocidade do velame até que ele desacelere. Esteja preparada para correr, mentalmente e fisicamente. O corpo estará suavemente para frente com os pés e joelhos juntos na final. Use o flare em estágios para planar o velame e então finalize o flare esticando completamente os braços e segure os batoques embaixo enquanto você corre. Você deve começar a correr assim que finaliza o flare e toca o chão. Não hesite – corra. Em dias com vento, você pode ser capaz de pousar em pé sem precisar correr, mas sempre esteja preparada para correr.

Se você já tiver jogado softball, o método de deslizar pode ser natural para você. Se não, gaste algum tempo assistindo partidas profissionais de baseball e você vai entender a figura. A ideia de deslizar próximo do chão até que o velame perca a velocidade vai diminuir o impacto do seu corpo. Isso requere tocar os calcanhares primeiro, devagar vá transferindo o peso para trás e para o lado das pernas e um lado da bunda. Sinta o impacto nos pés e em seguida mais suave nas pernas e bunda, ao invés de bater juntas e ligamentos. Esteja certa de sempre completar o flare esticando completamente os braços e segurando na posição enquanto desliza.

Lembra do método de rolamento ou aterragem, que foi ensinado nos seus primeiros saltos? Isso funciona, mas não é muito confortável. Mas, o método tem provado ser muito eficiente para proteger paraquedistas de lesões causadas por pousos. O rolamento é uma técnica essencial para pousar com segurança em situações adversas, como pousar em locais desconhecidos (por exemplo: fora da área) então é importante lembrar dessa técnica, e mesmo praticar ocasionalmente no chão para que seja familiar e instintivo se/quando você precisar usá-lo.

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Para colocar esses métodos em prática, eu perguntei para várias amigas que tenho visto progressivamente pousar melhor e melhor como elas faziam. O que ajudou a melhorar as suas habilidades e por quê agora elas fazem pousos bem sucedidos? O que aconteceu para que elas voltem da área pouso sem estarem cobertas de sujeira?

Eu recebi algumas dicas interessantes:

Fique furiosa: Eu ouvi de muitas meninas que antes se machucavam com frequência que chegou uma hora que elas ficaram furiosas com elas mesmas ao ponto de REALMENTE fazer o flare completo nos seus velames… então faça o flare com atitude!

Fale com você mesma: Eu sei que muitas de vocês fazem isso, porque eu mesma faço… nós falamos com nós mesmas de uma forma muito negativa, como “eu afundei porque eu estou gorda” e “eu não posso correr então eu sei que vou cair sempre”. É hora de trocar esses pensamentos negativos com “Eu posso fazer isso” e “Eu vou fazer um flare completo no meu velame” ou “ainda não, ainda não, flare”. Pratique falar pra você mesma palavras positivas e de incentivo.

Visualize o sucesso: Visualize você mesma pousando corretamente e falando com você mesma de forma positiva. Sempre imagine um flare completo e a sequência para um pouso bem sucedido.

Esteja preparada: Se você for pousar com vento de cauda ou de través esteja preparada para fazer um rolamento. Sim, você talvez fique toda suja ou até machucada, mas o rolamento vai salvar você de uma lesão mais séria. Sempre posicione pés e joelhos juntos na final da sua navegação e esteja pronta para rolar se necessário.

Tenha um plano: Sempre tenha um plano e siga completamente ele. Claro, tenha também um plano alternativo, como o rolamento, se as condições mudarem o seu plano inicial.

Não desista: Às vezes nós largamos os batoques antes de completar o flare ou de o velame ter perdido a velocidade completamente. Isso é uma tentativa, consciente ou não, de livrar as mãos para estar pronta para cair ou se chocar. Não desista do flare e faça isso como se ele fosse prevenir sua queda. Além do mais, lembre que essa reação antes de se chocar com o chão só aumenta o risco de punhos, mãos e braços lesionados. A posição de rolamento inclui mãos completamente estendidas com os batoques e posicionadas no centro do corpo.

Faça o flare em dois estágios: Faça o flare até sentir que o velame está planando, você vai sentir que está flutuando. Aguente ao máximo nesse estágio até sentir o velame desacelerando e que esteja quase tocando o chão, nessa hora complete o flare. Esse método de flare com estágios vai suavizar o pouso e desacelerar o velame o suficiente para que não seja necessário uma corrida excessiva. Pratique o flare em estágios quando estiver em altitude para sentir como o velame flutua e o tempo de completá-lo. Uma vez que você se sinta confortável com isso no ar, faça um hop-and-pop solo e pratique de olhos fechados. Isso é seguro enquanto você tiver espaço aberto (assegure-se que você é a única pessoa navegando no momento) e estiver acima da altitude mínima decisiva. Tirar a visão significa que você está mais em sintonia com os seus outros sentidos, como tato e audição. Você vai sentir que está planando e vai notar que vai ficar mais devagar.

Não tenha pressa para diminuir o velame: Nós todos escutamos que quando somos paraquedistas experientes temos que ter o wingloading de 1:1 ou mais alto, devido ao nosso nível de experiência. Nem todos os wingloads são iguais. Um velame de 190 pés vai ser mais dócil com um wingload de 1:1 do que um velame de 120 pés. Velames menores tem linhas mais curtas e tem performances mais agressivas. Fabricantes de velames consideram qualquer velame abaixo de 135 pés um velame de alta performance. Para escolher o tamanho do velame leve em consideração o peso total em queda livre, incluindo o peso do corpo mais todo o equipamento e cinto de peso se você usar um, assim como a experiência e o nível de habilidade. Não existe lado ruim em saltar com um velame maior e pousar bem. Mas existe o lado ruim em saltar com um velame menor e se machucar. Nas palavras de um paraquedista veterano que tem saltado há mais tempo que a maioria de nós sequer existia “Ninguém nunca morreu porque o velame era grande demais. Muitos tem ficado seriamente machucados ou morreram porque o velame era muito pequeno para as habilidades do paraquedista.”

Faça um curso de pilotagem: Esses cursos ensinam habilidades além das que você aprendeu como aluno AFF. Eles vão ensinar você como recuperar um velame estolado, como chegar na área de pouso após um lançamento fora da área, ou como pousar em uma área pequena se tiver que pousar fora e não tiver o luxo de encontrar uma área grande. As coisas que você aprende em um dia de curso de pilotagem vão ajudar você em anos de paraquedismo, e talvez um dia salvem você de um machucado. Um coach respeitado de pilotagem uma vez me aconselhou, “faça pelo menos 500 saltos em um velame que você sinta que está no tamanho certo, porque você vai aprender como extrair performances incríveis desse velame mesmo que outros estejam dizendo que ele é muito grande para o seu peso. Velames podem alcançar altas performances com qualquer wingload se você voar ele corretamente.” Isso definitivamente vale o custo e um dia do seu tempo para ganhar um conhecimento valioso!

Compense para pousar com vento de través: Se tiver um vento de través a melhor opção para pousar é tentar compensar ao máximo o velame, e sempre estar preparada para o rolamento. Compensar o velame quer dizer manter o velame voando reto na direção final do pouso padrão. Para alinhar, talvez você precise puxar ¼ ou ½  um dos tirantes, talvez até mais para manter o velame voando a linha reta padrão. Tentar seguir o ângulo do vento na aproximação final aumenta o risco de colisão de velames, uma vez que outros podem estar tentando fazer o pouso padrão paralelo a você. Além disso, em um vento de través forte, um flare completo com as duas mãos talvez leve você para a direção do vento, resultando em um rolamento (se você estiver preparada) ou um pouso descontrolado. Com os batoques compensando o vento de través, puxe uniformemente até que a mão mais baixa esteja completamente esticada, o que vai manter o velame no nível ao invés de lançar você na direção do vento.

Em resumo, aqui estão algumas dicas rápidas para melhorar o pouso:

– Observe paraquedistas que constantemente fazem pousos bem sucedidos. Veja a posição corporal e as técnicas;

– Tenha um plano e siga até o final;

– Visualize o sucesso e pratique falar com você mesma positivamente;

– Não desista! Termine o flare;

– Aprenda o flare em dois estágios e pratique em cada salto;

– Sinta o momento em que o velame plana;

– Comece mais cedo e termine mais tarde. Não puxe os batoques em um movimento muito rápido. Comece mais alto para um movimento mais suave, com ele planando para o ponto de pouso, e termine com os braços completamente estendidos no momento em que for tocar o chão;

– Planeje um bom padrão de navegação e trabalhe na precisão em cada salto;

– Pratique o rolamento para os momentos que precisar.

Artigo Original em Inglês “Landing tips for Chicks”

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Grace Katz é Paraquedista Argentina, mora nos EUA e é Load Organizer da área Skydiving Perris na Califórnia.

 

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O que preciso saber para saltar pela primeira vez nos EUA? Por Mariana Paraguassu

Acabou o seu curso AFF e está pensando em programar aquela viagem pros EUA? Esse é o primeiro objetivo de qualquer manicaca recém-formado, treinar no túnel de vento que todo mundo fala e claro, pagar menos da metade do preço por salto é um sonho.

Quando Anderson e eu nos formamos também fizemos isso, nos juntamos com alguns amigos e dois instrutores e passamos cinco dias em Eloy, no Arizona, foi uma experiência incrível,  importante para dar aquele gás e fazer com que nos empolgássemos ainda mais com cada habilidade melhorada. Mas atenção, se você não for junto com alguém que já saltou nos EUA e conhece bem como funciona, seguem algumas dicas valiosas para não passar aperreio em outro país.

Licença –  Você vai precisar estar licenciado para saltar em qualquer área americana, isso quer dizer que antes de viajar você precisa ser pelo menos Categoria A (25 saltos) e ter o cadastro atualizado na CBPq, mesmo que você não leve a carteirinha em mãos, leve um comprovante da CBPq que eles vão checar sua licença no site da Confederação. Se você tiver menos de 25 saltos (Aluno em Instrução) você só vai poder saltar com um instrutor da área (e vai ter que pagar por isso), acaba saindo mais caro que no Brasil. Só vão lhe autorizar a fazer saltos solos após o check de Categoria A com as regras americanas da USPA, que incluem além do salto uma série de exigências (desde prova oral até a montagem do paraquedas principal no container e dobragem).

USPA Membership – Esse é outro documento exigido para saltar nos EUA, você precisa se tornar um membro da USPA- United States Parachute Association e pagar uma taxa anual (U$ 74 o primeiro ano, depois U$64 por ano). Você também pode fazer um membership temporário que vale apenas por 3 meses. Mas se sua intenção é voltar aos EUA em menos de um ano faça o anual pois você ganha um ano da assinatura da Revista Parachutist.

Caderneta – Esse é o documento mais importante para um paraquedista iniciante, pois ali está a prova de toda sua experiência até agora, certifique-se que todos os saltos estão preenchidos e assinados. Lembre-se que você estará em uma área diferente onde ninguém lhe conhece, às vezes uma assinatura de um instrutor conhecido pode lhe abrir portas.

Equipamento – Se você está levando seu próprio equipamento não esqueça de checar a data da dobragem do reserva, pois eles vão checar antes do seu primeiro salto. Se você não tem equipo, as principais áreas oferecem aluguel do equipamento completo ou só parte dele (você tem o container e o reserva, mas ainda não tem o principal por exemplo, eles alugam só o principal).  O aluguel é por diária (varia de U$70 a U$100 dólares o completo) e você faz quantos saltos quiser no dia. Quando você aluga o equipamento nos EUA, ao contrário do Brasil, eles lhe entregam o velame principal desconectado do container, ou seja, você vai precisar montar e dobrar (ou dar para um dobrador fazer isso) então conte com esse tempo que vai perder antes do primeiro salto do dia. As lojas também alugam capacete, macacão e altímetro se você precisar.

Dobradores – A área não garante pra você que sempre terão dobradores disponíveis, eles estão lá e você mesmo precisa procurá-los e acertar com eles o serviço para o dia. Já encontramos com alguns que são meio ríspidos e não muito amigáveis, e torcem o nariz pra velame muito grande, se você for com um “Student-260″ então, pode ser que alguns até se recusem a dobrar (ou cobrem mais caro). Em hipótese alguma entregue o velame para eles sem fazer os freios e descolapsar o slider, se você fizer isso eles vão lhe chamar atenção a primeira vez e na segunda vez eles não vão dobrar até que você perceba o esquecimento. Além do preço combinado pela dobragem (que deve ser entre U$6 e U$7), eles sempre vão esperar gorjeta (como tudo nos EUA).

Manifesto – A primeira coisa que você vai fazer quando chegar na área é levar a sua documentação e o equipamento para checar no manifesto (se for alugado não precisa de checagem), você também vai precisar ler e assinar um formulário de regras e em algumas áreas eles até fazem uma gravação sua (áudio e vídeo) dizendo que concorda com as normas da área. Segundo passo comprar os tickets (variam de U$18 a U$27 dependendo da área), em muitas áreas do Brasil você salta primeiro e paga depois, nos EUA você só se manifesta para a decolagem com o ticket em mãos, e uma vez que você se manifeste fique atento as chamadas para a decolagem, pois o avião vai subir na hora exata com ou sem você.

Aeronaves – As grandes áreas americanas usam principalmente os aviões Twin Otter e Skyvan para paraquedismo, além de caber mais gente que no Caravan (Twin Otter cabe 23), elas tem bancos e todo mundo precisa usar cinto de segurança até 1mil ou 1.500 pés, assim como capacetes durante a decolagem.

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Twin Otters e Skyvan em Skydive Perris

Load Organizers – Se você não está indo com um time para treinar, não perca a oportunidade de saltar com os Organizadores da Área, independente do seu nível de experiência eles vão lhe encaixar em algum salto bacana, é uma ótima chance de saltar com gente mais experiente (sem precisar pagar pela vaga deles), se você ainda é um iniciante.

Túnel de Vento – Se você vai treinar no túnel pela primeira vez não exagere, não faça mais de 30 minutos em um dia, o treinamento é cansativo (além de caro), e se você tiver muito cansado não vai render. O ideal é que você reserve blocos de 15 minutos que possa alternar com os saltos durante vários dias. Reservar uma hora inteira para um único dia pode não ser produtivo.

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Diego, Mariana e Anderson com os coaches Waldísio, Silvio e Érika, no tunel de vento em Eloy/USA

Preparo Físico – Se você programou essa viagem só para Skydive, reservou uma boa grana pra isso, se prepare também fisicamente, pois fazer mais cinco saltos por dia, mais túnel de vento pela primeira vez é exaustivo para quem está começando, e você não vai querer perder a oportunidade de saltar só porque está cansado demais né? Afinal, não é todo dia que você vai pagar U$26 em um salto.

Mariana Paraguassu é jornalista, paraquedista, mora na California USA há pouco mais de 1 ano e meio e freqüenta a DZ Perris para aperfeiçoar seus saltos.

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Todo esporte precisa ser respeitado! Por Ricardo Contel

Quando falamos em segurança no paraquedismo, aqueles que ainda vão saltar logo pensam em equipamento, no paraquedas. As pessoas que nunca saltaram antes sempre vão fazer aquela clássica pergunta: “E se o paraquedas não abrir?”. Segurança, para esses terráqueos que jamais sentiram a adrenalina correr nas veias com nossos corpos em queda livre, atingindo velocidades acima dos 200 km/h, está um pouco limitada à confiança nos equipamentos que utilizamos. Isso faz sentido, mas não é tudo, e tampouco o mais importante.

Já os paraquedistas, quando pensam em segurança, talvez visualizem o ajuste correto dos altímetros, que nos orientam e indicam a altura limite para acionarmos nossos paraquedas e desacelerar nossos corpos para não batermos de frente com a mãe Terra (deve doer à beça). Ou talvez pensem no rigger que dobrou o seu paraquedas reserva, confiando a esse profissional a boa manutenção de seu segundo (e último) cartucho, quando as coisas vão mal com o paraquedas principal.

Estatísticas de alguns anos atrás indicam que o reserva é utilizado a cada 1.000 saltos. Eu, particularmente, já passei da casa dos 1.000, mas ainda não utilizei um reserva. Pedrosan, repórter da Air Press e atual campeão brasileiro de FQL 4 já passou dos 3.000 saltos e possui apenas um acionamento de reserva.

Ainda falando-se de segurança, esses atletas podem lembrar dos DAAs (Dispositivos de Acionamento Automático), que disparam o reserva de um paraquedista que venha, por exemplo, a desmaiar em plena queda livre. Enfim, a linha de raciocínio, quando falamos em segurança, geralmente leva ao equipamento que utilizamos para o salto. Mas, na realidade, essa questão tem outro fundamento.

Evidentemente, para a prática do paraquedismo é necessária a utilização de vários itens para mantermos a segurança máxima. Entretanto, ela existirá apenas se o atleta respeitar os procedimentos padrões, as regras básicas de segurança e agir sempre, salto após salto, com uma atitude segura. O paraquedismo será seguro se o praticante for uma pessoa prudente. Afinal, pra que servirá um altímetro se não o checarmos constantemente durante nossa queda? E o paraquedas, então? Como um carro, ele precisa de inspeção periódica, para garantir sua boa funcionalidade, ou melhor, sua PERFEITA funcionalidade.

Além desses fatores relaciona dos aos nossos equipamentos para a prática desse maravilhoso e empolgante esporte, há ainda a necessidade de atenção constante durante a equipagem, o embarque, a subida no avião, a saída da aeronave, a queda livre, a navegação e o pouso. Ufa! Quanta coisa! Mas será que sobra tempo pra se divertir? Claro, basta criarmos uma simples rotina de segurança que todas essas situações estarão bem administradas.

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Equipagem

Quando estamos equipando, é necessário checar a bridle (fita do pilotinho) para qualquer sinal de desgaste do velcro. Cheque o ponto de junção do pino do principal. Deve estar em ótimo estado. Cheque também os cabos do desconector, puxando-os na base com o dedão, sentindo se estão livres, sem muito atrito (é imperativo lubrificá-Ios sempre a cada redobragem do reserva -quatro meses -, pelo menos). Cheque se os dois punhos, o do reserva e o desconector, estão firmes e bem alojados. Siga a bridle até o pilotinho do principal e constate se ele está bem alojado, evitando que saia do pocket em algum momento desapropriado. Por último, cheque se seu DM está ligado, aproveitando para verificar também o pino do reserva. Pronto, você já fez um cheque completo e não demorou mais que 20 segundos. Equipe-se e ajude seus companheiros a realizar o mesmo controle.

Embarque

Ao andar à aeronave, evite qualquer brincadeira com o equipamento de seu colega. Procure respeitar os mais experientes e seguir as instruções para se acomodar na aeronave. Principalmente se for um avião de médio porte, como um King Air ou um Caravan. Ao acomodar-se, certifique-se que seus punhos e pilotinhos não estão sujeitos a se enroscar em algum lugar como os pés de seu colega que está sentado atrás de você, por exemplo. Todo paraquedista sabe que, ao nos acomodarmos na aeronave, nosso espaço é pequeno, portanto, toda atenção ao seu equipamento é pouca. Procure não se mexer muito dentro da aeronave e aproveite o tempo de subida para se concentrar no salto.

Subida da Aeronave

Antes vamos lembrar algumas regras na decolagem. Sempre atentos às ordens do comandante que está pilotando nosso avião. Obedeça tudo o que ele pedir sem hesitar. Na subida da aeronave, é bom estarmos atentos aos equipamentos de nossos colegas, pois estes não enxergam suas costas.

Quando estiver a dois minutos do lançamento, comece a se levantar e se preparar para a saída. Muito cuidado para não enroscar em uma bridle ou aba protetora de algum colega a bordo. Peça para alguém fazer um último cheque no pino do seu principal.

Saída da aeronave

A saída é um momento crítico, mas se respeitadas regras básicas de segurança, não há como acontecer algum imprevisto. Antes de qualquer coisa, cheque o PS (ponto de saída). Veja se a área da qual você vai se lançar do avião está próxima do local para pouso. Muitos se esquecem desse pequeno detalhe, confiando totalmente no piloto. O PS é responsabilidade do paraquedista.

Ao sair para fora da aeronave e se ajeitar para um saída de TR, Free Fly ou outra modalidade qualquer, fique sempre atento aos punhos. É nessa hora que eu, pessoalmente, recomendo equipamentos com punhos de reserva similares ao desconector, almofadados (soft handle). Eles garantem uma proteção maior, pois são difíceis de se desalojar num momento como esse. Já presenciei, algumas vezes, um punho de metal batendo no peito do paraquedista. Não é uma imagem muito atraente, não. Para quem pratica muito Free Fly, o soft handle deveria ser padrão.

A saída deverá ser sincronizada e todos deverão sair da aeronave ao mesmo tempo, principalmente os de fora. Se o salto estiver sendo realizado de um King Air, por exemplo, e houver pessoas para fora da aeronave, próximas à cabine do piloto, essas deveriam sair talvez até antes do já. Imagine se elas saem depois, e esbarram com outras que estão ainda saindo pela porta. Cuidado. É muito simples evitar uma colisão dessas.

Queda Livre

Durante a realização do salto, fique sempre de olho na altura, atento aos seus colegas e nunca esteja abaixo da formação. As aproximações devem ser feitas com cautela, sem muita velocidade ou inércia quando estiver próximo da formação, evitando assim, um impacto que pode causar desde uma fratura, até um desmaio, dependendo da intensidade e local do impacto.
Na altura determinada para a separação, faça-a imediatamente, com um bom track. Um track perfeito é aquele em que você consegue uma grande separação horizontal, sem perder muita altura. Assim você se distancia ao máximo de seus colegas, possibilitando encontrar um local seguro e aberto para comandar seu paraquedas.

Vale lembrar que altura de separação não é o momento de realizar um head down, após um bom salto de TR.
Nesse momento, um altímetro sonoro é um instrumento muito importante e extremamente prático, que sinaliza na altura exata da separação, o término do salto.

Atualmente, os altímetros sonoros possuem, inclusive, outros dois ajustes de apito, que podem ser colocados para o momento de acionar o paraquedas e um último para lembrar-lhe que o chão está realmente perto e uma ação rápida e extrema deve ser tomada.

Navegação e Pouso

Um dos gigantes do paraquedismo, o americano Jerry Bird, mais de 10.000 saltos pelo mundo todo e com mais de 50 anos, ainda na ativa, presente nos principais boogies conhecidos mundialmente, costuma dizer: “há dois momentos que mais me assustam no salto -separação e pouso”. Eu penso o mesmo. Com o advento de velames mais velozes, o slider colapsável tornou-se acessório imprescindível para aumento de performance. Além disso, acaba com aquele barulho chato de pano batendo bem acima de nossos ouvidos. Constantemente, quando realizo saltos médios para grandes, de um 6-way para um 40-way, é muito comum eu ver a seguinte cena: um paraquedista comanda seu paraquedas e, enquanto este ainda está inflando, lá vai o infeliz colapsar seu slider. Isso é um grande convite para um desastre.

Nossa atitude ao comandar o paraquedas, enquanto ele ainda está inflando, é olhar ao nosso redor. Acima, abaixo, à frente, à direita e à esquerda. TODOS os setores devem ser vasculhados pelos nossos olhares atentos, procurando aquele paraquedas que poderá colidir conosco. Uns podem pensar que isso é muita neurose, mas eu sempre procuro o infeliz que vai bater com o meu paraquedas. Assim, estou sempre preparado para o pior e sei como reagir. Posso agir rápido e me safar de alguma imprudência de terceiros. E mesmo que todos sejam muito prudentes no céu, ainda há o fator twist que, torcendo as linhas de um velame de maneira incontrolável, deixa o paraquedista sem qualquer recurso de manobra de seu velame.

Portanto, toda vez que comandar seu paraquedas, olhe à volta e veja se todo o céu está livre, sem risco de colisões. Depois, sem desfazer seus freios ainda, para seu velame voar calmamente, utilize os tirantes para virar em direção à área de saltos, se ela estiver longe. Só então, certificando-se novamente de que o espaço está livre de outros companheiros, é que deve ser ,dada aquela atenção ao seu slider. Colapse-o, ponha suas mãos no freio e comece a pilotar seu velame pelos céus. Curvas rápidas e afiadas são divertidas, mas sempre muito cuidado com alguém abaixo e nas proximidades. O velame ganha muita velocidade, além de perder muita altura. Todo cuidado é pouco.

Procure manter um padrão que é basicamente mundial: ao se aproximar da área de pouso, sempre realize curvas com o alvo à sua esquerda, assim não há risco de colisão frontal. Não corte a frente de ninguém. Respeite quem está realizando aproximação final para pouso. Dê preferência para quem está abaixo.

Atualmente, os índices de fatalidades que ocorrem em nosso esporte apontam para uma grande imprudência por parte dos atletas, especialmente quando realizam um pouso radical. Mantenha sempre uma conduta de prudência e respeito à vida. Não realize curvas à baixa altura, tampouco aventure-se a realizar manobras de risco com um velame no qual você tem pouca experiência. Os atletas que realizam essas manobras costumam ter, no mínimo, algumas centenas de saltos com um mesmo velame, além de milhares de saltos em suas carreiras.

Este texto eu desenvolvi para mostrar que a segurança no paraquedismo não depende exatamente de nossos equipamentos. Atualmente eles estão muito avançados e são extremamente seguros. Praticamente infalíveis. A segurança depende de nós. Da nossa atitude como paraquedistas que respeitam os limites de nossos equipamentos e que estão sempre atentos a pequenos detalhes descritos aqui, que farão uma grande diferença em nosso cotidiano de saltos.

Lembre-se: sempre que saltarmos e tudo correr bem, nos divertirmos bastante, foi consequência dessa consideração mínima com nossa segurança e com a segurança de nossos amigos.

Artigo por Ricardo Contel

Ricardo Contel
Ricardo Contel é paraquedista, pai da Manu e da Sofia, campeão brasileiro de FQL-4 Intermediário e é Master Parachute Rigger FAA, Empresário, editor da Revista Air Press e sócio-proprietário com sua esposa Michelle Contel da Sun Set Mega Store & Sushi Bar instalados no centro nacional de paraquedismo em Boituva.SP, em uma visita a área não deixe de visita-los.

Sun Set Mega Store e Sun Set Sushi Bar
+55 (15) 3363.3239 (11) 99159.5053

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“Paraquedismo”! Por Família Prada

Se jogar de um avião em movimento com uma “simples mochila” nas costas não é uma experiência que encaramos com tranquilidade, certo? Pois bem, comigo não foi diferente.

Sempre vi na TV famosos que realizam o sonho de saltar de paraquedas, o homem que realizou o salto na estratosfera, desafios lançados a paraquedistas profissionais e uma série de matérias relacionadas a esse esporte, e sempre pensei em como tudo aquilo era uma loucura, loucura da qual gostaria muito de experimentar um dia.

A oportunidade surgiu quando meu irmão e alguns amigos tiveram a ideia de realizar essa experiência. Buscamos informações, vimos centenas de vídeos, alguns poucos sites, e então a Luchiari Paraquedismo, finalmente criamos coragem e decidimos ir em frente.

No princípio de toda essa ânsia, não íamos contar aos nossos pais. Decidimos então, só contar depois do salto com as fotos e vídeos em mãos. Mas a nossa ansiedade era tanta e não aguentávamos de tanto que falávamos sobre aquilo e acabamos contando pra nossa mãe da nossa brilhante ideia de saltar. Ela não gostou muito no início, afinal qual mãe que gosta de ver seus dois filhos pulando de um avião? A resposta seria nenhuma, certo? Mas, a minha gostou. Não só gostou como também quis saltar.

Chegamos a Boituva, Centro Nacional de Paraquedismo, e nosso nervoso era perceptível. Balões enormes tomando forma, aviões sendo preparados para decolar, um mundo que jamais havíamos participado antes e aquilo só nos encantava ainda mais.

Toda a preparação para o salto, pesagem, dados, termo de responsabilidade, tudo pronto. Mãe e filhos se jogando do mesmo avião. Cada vez mais aquilo era único em nossas vidas.

Embarcando Carol e Elisa Prada
Carolina Prada (amarelo) e Elis Prada (branco), photo Bruno Prada.

Todos no avião devidamente equipados, só nos restava descer da melhor maneira, voando.

Chegamos aos 10 mil pés (cerca de 3km de altura) e começam as checagens. Todos desejando um bom salto, se preparando. O sinal sonoro se propaga, nos alertando que estamos na área correta para os saltos. Aquele som me tomou conta, lembrei-me de cada vídeo assistido, do quanto eu esperava por aquela sensação. Realizando um salto duplo eu e o paraquedista que me levara nos direcionamos a porta do avião, metade dos pés pra fora, o vento forte, aquele dia lindo, e lembro que minha mente se esvaziou e foi naquele momento, naqueles segundos de queda livre, segundos em que experimentei uma das melhores sensações que se pode ter. Foi exatamente naquele momento que tive a certeza de que tinha me apaixonado por aquilo.

Daquele dia em diante, eu, minha mãe e meu irmão, compartilhamos da mesma paixão. Fomos várias vezes até Boituva, conhecendo um pouco mais sobre o esporte, sobre a vida no paraquedismo. Realizamos outros saltos duplos, cada um sendo uma sensação única.

Hoje, eu e meu irmão planejamos realizar o curso para saltarmos sozinhos e levarmos essa paixão pelo paraquedismo sempre em nossas vidas.

Bruno Prada em Queda Livre
Bruno Prada, photo Sansei Alexei Lucca

Aquela sensação ‘’o que eu estou fazendo aqui? ’’, ansiedade, medo, boca seca, as batidas do coração acelera, a adrenalina toma conta, porém quando a porta se abre a 12.000 pés e você se joga do avião todas essas sensações vão embora e se transformam em uma paz indescritível, liberdade! Essa palavra tão desejada por todos que descobri me jogando de um avião.” – Bruno Prada

Elis Prada
Elis Prada, photo Renan Seccomandi

Simplesmente mágico, maravilhoso , inesquecível..  Um dos melhores dias em minha vida, pois, descobri o que é ser livre, pura adrenalina!! Amo demais.. eternamente! ” – Elis Prada

Carolina Prada
Carolina Prada, photo Sansei Alexei Lucca.

…foi naquele momento, naqueles segundos de queda livre, segundos em que experimentei uma das melhores sensações que se pode ter. Foi exatamente naquele momento que tive a certeza de que tinha me apaixonado por aquilo.” – Carolina Prada

Artigo escrito por Carolina Prada e Família.
Carolina possui 3 saltos duplos e esta a caminho do curso AFF.

Esta é parte da história da Família Prada (Limeira.SP) no mundo do paraquedismo, e você ? já tem sua história nesse esporte único ?

Família Prada
Bruno Prada, Carolina Prada, Elis Prada, photo Luchiari.

Nós da Luchiari Eventos Esportivos nos orgulhamos de levar as pessoas a realizar seus sonhos nesse esporte, a romper suas barreiras em relação aos medos, de altura, de avião, da descrença na segurança do esporte por falta de informação, enfim, pessoas comuns que se tornam mais fortes e realizadas com a pratica desse esporte maravilhoso, faça como a família Prada, se jogue, faça acontecer, realize. Acompanhamos essa “saga” e convidamos a família Prada a escrever esse artigo, assim podemos compartilhar com todos essa história de realização e felicidade.

Obrigado Carol, Elis, e Bruno, Obrigado pela confiança em nossa equipe, Obrigado pela amizade.

Luchiari Eventos Esportivos

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“Faça o que tem que ser feito.”! Por Paula Quintão

Faça o que tem que ser feito (ou sobre a importância de ter foco no essencial)

Há uma filosofia que o curso de paraquedismo me deu de presente e que se tornou uma lanterna que ilumina meus dias. No meu primeiro salto do curso, quando eu me preparava para sair pela porta do avião com meu próprio paraquedas, meu instrutor dizia “Independente do que estiver sentindo, faça o que tem que ser feito”.

 foto de leonardo blasch - aeroclube de manaus

Ali, em solo, talvez aquela filosofia não fizesse tanto sentido porque era difícil entender como eu contrariaria o combinado, mas a frase ficou se repetindo na minha mente como um mantra.

E então eu me equipei: coloquei o macacão, ajustei o capacete, peguei meus óculos, chequei meu altímetro, testei meus rádios (sim, aluno de paraquedismo usa rádio para ouvir coordenadas e não pousar na casa de ninguém e sim no aeroclube) e coloquei minha mochila com o paraquedas. Completamente equipada era hora de seguir para o avião. Rádio ligado enquanto eu caminhava para o avião, “Paula, braços altos”, fiz os braços altos, “Paula, esquerda, não Paula, es-quer-da”, teste de rádio ok.

foto leonardo blasch aeroclube manaus

Entrar no avião é um dos momentos que produz um pico de adrenalina. “Daqui eu só saio voando”, sempre penso. E lá estava eu, meus dois instrutores do primeiro nível, e outros tantos paraquedistas dentro do Caravan sem portas que subiria até 12 mil pés para enfim nos lançar nos céus de Manaus para testarmos nossa habilidade de voo na queda livre, comandarmos nosso paraquedas a 6 mil pés e pousarmos sãos e salvos no aeroclube de Manaus.

Quando o altímetro marca 10 mil pés iniciamos os procedimentos de checagem novamente. Nessa hora o coração tem picos de alegria e ansiedade e quando o mestre de porta observa que estamos na mira certinha do aeroclube, ele grita para o piloto da aeronave “Corta!”.

O avião diminui a velocidade, se mantém alinhado e os paraquedistas, um a um, seguem para a porta e se lançam no espaço. Talvez meus reflexos e meus instintos de sobrevivência entrem em modo ON nesse momento e me façam pensar mil vezes se aquilo é mesmo algo que um humano sem asas poderia fazer por livre e espontânea vontade. A voz do instinto pede mesmo a vez. E o mantra fazia todo sentindo nesse momento. Independente do que estava sentindo, eu caminhava para a porta do avião, fazia os procedimentos combinados para a saída e saia voando. Independente do que estava sentindo, a 6 mil pés eu comandava meu paraquedas. Independente o que estava sentindo, eu seguia as orientações do rádio e pousava em segurança no aeroclube.

Não interessa se estamos diante da queda livre mais incrível do mundo, faça o que tem que ser feito e comande seu paraquedas na altura combinada. Não interessa se voar sobre onde eu bem entender com meu próprio paraquedas parece algo alucinante, faça o que tem que ser feito e voe sobre a área combinada.

E assim, de “faça o que tem que ser feito” em “faça o que tem que ser feito” criei uma disciplina que não vale só para o paraquedismo, mas para tudo na minha vida.

Se o cansaço é demais para fazer minha corrida matinal, eu vou me levantar mesmo assim e farei minha corrida. Se minha vontade é de trabalhar até altas horas da madrugada, eu largarei meu notebook e me prepararei para dormir as horas que acredito serem necessárias. Se ficar por horas nas redes sociais parece mais atrativo, fecharei todas as janelas e abrirei meu livro. Se meu desejo é devorar as cinco barras de chocolate que estão na geladeira, comerei um tablete apenas. Se o atalho parece mais simples, seguirei pela trilha combinada, pois apesar de mais longa ela vai me mostrar o caminho mais belo. “Faça o que tem que ser feito…”

Com minha lista de desejos e realizações para o novo ano em mãos, vou olhar para os grandes propósitos que tenho nessa vida, no que realmente quero realizar na minha vida e na vida das pessoas, no que é mais valioso e essencial para mim, e vou colocar em primeiro lugar a cada dia da minha vida, como tenho feito há meses, desde que terminei meu curso de paraquedismo.

“Independente do que estiver sentindo, faça o que tem que ser feito” é meu mantra, um ótimo mantra pra todos nós.

 Paula Quintão Manaus AM www luchiari com br

Paula Quintão é Escritora, publicitária, montanhista-viajante, paraquedista, mestre em Ciência da Informação pela UFMG e doutoranda em Ciências do Ambiente pela UFAM, fundadora da Equipar Consultoria e Treinamentos. Escreve em seus blogs Manaus pra Mim(manauspramim.com.br) e Um novo Eu (blogequipar.com). Se quiser entrar em contato, é só mandar um e-mail (pgquintao@gmail.com)

Fotos Leonardo Blasch

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4C “Controle”

Neste artigo iremos explanar o fator Controle, o quarto e último, mas não menos importante, fator da teoria dos 4C

Depois de abordarmos os fatores Calma, Confiança e Comunicação, chegou a vez do fator Controle, na teoria todos os fatores são correlacionados e importantes na busca por segurança na pratica do paraquedismo.

Controle

Já lhe aconteceu ter um determinado comportamento ou atitude e posteriormente arrepender-se? Eu já. Isto acontece quando reagimos de forma emocional, de forma automática. Uma das coisas que fazem com que nós percamos a cabeça muitas vezes é o fato de não termos controle total sobre os nossos pensamentos e ações. Sim, o equilíbrio emocional é extremamente importante para tomarmos decisões acertadas na nossa vida. O nosso equilíbrio emocional está dependente do conhecimento que temos dos nossos estados internos e da influência que estes têm sobre o nosso pensamento, comportamento e atitudes. Tal como um atleta de alta competição que no momento decisivo tem de saber controlar as suas emoções a favor do melhor desempenho possível, para que possamos desempenhar um conjunto de atividades que nos sirvam, temos igualmente de ter controle sobre as nossas representações internas.

O controle emocional é a habilidade de lidar com os próprios sentimentos, adaptando-os conforme a situação e expressando-os de maneira saudável para si e para o grupo no qual está inserido.

O equilíbrio entre razão e emoção é o caminho mais adequado. Os excessos costumam trazer conseqüências prejudiciais às pessoas. A razão excessiva faz com que o sujeito vivencie e expresse pouco suas emoções, absorvendo para si toda a carga emotiva.

O conhecimento das emoções e sentimentos do sujeito, bem como, dos limites suportados é um primeiro passo para a busca do equilíbrio emocional.

redbullstratosjumpfelix Felix Baumgartner (paraquedista e base jumper austríaco) No dia 14 de Outubro de 2012, ele fez o salto mais alto de todos os tempos (39 mil metros) quebrando a barreira do som em queda livre. Baumgartner se preparou por meses antes desse feito, segundo ele sua maior preparação foi emocional, desenvolver seu autocontrole foi essencial.

Lidar com a emoção e a razão em proporções que levam o sujeito a colocar-se de modo saudável diante das circunstâncias vividas poderá trazer um modo de vida estruturado, adequado à sociedade e, principalmente, saudável para si mesmo, principalmente na pratica do paraquedismo.

Uma pessoa que é tomada pelas emoções, agindo de modo impulsivo, geralmente, envolve-se em relacionamentos conflituosos, gerando insegurança nos saltos, criando tumulto a si mesmo e aos demais colegas.

Por outro lado, um sujeito que reprime suas emoções, não necessariamente estará utilizando só a razão para resolver suas questões. As emoções podem afetar suas decisões e posicionamentos diante da vida, porém os sentimentos não são expressos.

A falta de manifestação das emoções e dos pensamentos provoca dificuldades na comunicação com outras pessoas, como vimos no fator Comunicação, também essencial, faz-se necessário, em todo momento.

Quem expressa suas emoções e desejos, de forma natural e sensata, pode vivenciar sentimentos e entrar mais em contato consigo mesmo, o que a priori é benéfico na busca pelo autocontrole. Porem é claro que demonstra pouca maturidade na hora de impor seus limites, não sabendo lidar com suas emoções diante de situações difíceis.

A emoção, como também a razão, faz parte do homem e de como ele se manifesta na vida, cada qual com sua singularidade. As diferenças enriquecem a vida e as pessoas, que podem aprender a viver com mais flexibilidade e se adequarem melhor às suas necessidades.

A medida do descontrole emocional é aquela que prejudica a sociedade e o sujeito. Se uma pessoa não consegue lidar com a frustração em um salto por exemplo, acaba por colocar a equipe toda em risco. O sujeito que não consegue lidar com a discordância de seu pensamento, também coloca a si mesmo em risco.

As emoções podem, por vezes iniciar-se muito rapidamente, de fato tão rapidamente que não tomamos consciência que a nossa mente e corpo desencadearam uma emoção num determinado momento particular. Essa velocidade pode salvar as nossas vidas numa situação de emergência, mas também pode arruinar as nossas vidas quando nós temos uma reação excessiva e perdemos o controle. Nós não temos muito controle sobre as respostas emocionais que temos em determinadas situações de vida, mas é possível, embora não seja fácil fazer algumas mudanças no que provoca as nossas emoções e como nos comportamos quando estamos emocionalmente alterados, em outras palavras o autocontrole pode ser aprendido.

 

“O homem que não sabe dominar os seus instintos, é sempre escravo daqueles que se propõem satisfazê-los.”

Alessandro Luchiari (Luchiari)
Paraquedista filiado a CBPq desde 1994

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4C “Controle”

 

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4C “Comunicação”

Depois de abordarmos os fatores Calma e Confiança nos artigos anteriores chegou a vez da Comunicação, o terceiro fator dos 4C

comunicação
co.mu.ni.ca.ção
sf (lat communicatione) Ação, efeito ou meio de comunicar; Aviso, informação, participação, transmissão de uma ordem ou reclamação; Relação, correspondência fácil, trato, amizade; Processo pelo qual ideias e sentimentos se transmitem de indivíduo para indivíduo, tornando possível a interação social.
fonte: Dicionário Michaelis

Saber se comunicar é fator imprescindível a qualquer um que queira se aventurar pelo mundo. A comunicação é visceral para o desenvolvimento humano. No paraquedismo este fator é essencial para realização de um salto seguro, o briefing, comunicação que antecede o salto, estrutura o mesmo, nessa etapa é de extrema importância a atenção e absorvição as informações relatadas e propostas. É necessário que todos os envolvidos questionem, troquem informações, tirem suas dúvidas, apresentem suas experiências, afim de alinharem ao objetivo e realizarem o salto de forma segura.
Mas não apenas durante o briefing é importante a atenção, a comunicação durante o salto é primordial, ali se realiza o proposto e pra isso o equilíbrio faz-se mais que necessário.

As melhores equipes desenvolvem sua comunicação e sincronismo com tanta precisão que eles parecem estar em um único movimento sem falhas, como um relógio.

A capacidade de uma equipe ou simplesmente de um grupo de amigos para executar seu melhor é um resultado direto da presente comunicação. Muitas equipes treinam sob o pressuposto de que a comunicação irá resultar naturalmente por simplesmente ter tempo de saltos juntos, o que não é suficiente.

Não basta sentar-se com um olhar vazio à espera de uma tradução: fazer um esforço para ler uns aos outros é primordial, e é essa comunicação que faz a diferença.

comunicação 4
Contato com os olhos

Simplesmente o suficiente, a principal ferramenta que usamos para esta comunicação é o contato visual. Sabemos que todos usam o contato visual, é a primeira e mais básica coisa que você é ensinado quando se tornar um paraquedista.
O contato com os olhos não é apenas olhar na direção da pessoa, é olhar diretamente nos olhos, prevendo suas ações. Tomar decisões bem pensadas em conjunto em uma fração de segundo. Ações que fazem o salto ser mais seguro.

Grip

Nós não podemos ver os olhos de todos o tempo todo. Por esta razão, também nos comunicamos através de contato físico (grip), tocando a pessoa e deixando clara sua condição, seja de disponibilidade, ou na falta do toque a não disposição para realização de transições durante um voo de TR (trabalho relativo) por exemplo.

A Comunicação é essencial na tomada de decisões corretas durante um voo, traz equilíbrio e sincronia sob quaisquer condições. A capacidade de uma equipe para realmente se comunicar desta forma é um dos aspectos mais emocionantes e gratificantes da formação em queda livre no paraquedismo.

O debriefing (reunião pós salto) por sua vez possibilita explanar o voo realizado, buscando melhoria, corrigindo possíveis falhas. Com essa comunicação a equipe desenvolve uma sensação de controle total e os saltos se tornam mais seguros, sem surpresas, obtendo o sucesso esperado.
Logo você pode olhar menos e ver mais. A formação é garantida mais cedo e você não tem que esperar para atuar, torna-se automático, ágil e sem erros.

Comunicação, essencial, antes durante depois … sempre !!!

 

Alessandro Luchiari (Luchiari)
Paraquedista filiado a CBPq desde 1994

 

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4C “Comunicação”

 

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Curso “Como Abrir e Operar uma Área de Paraquedismo”! Por Ricardo Pettená.

O SONHO DE DESCONECTAR

A expressão “desconectar”, além de significar “liberar” o paraquedas principal para abrir o reserva, também é empregada no paraquedismo por pessoas que sonham em se “desconectar” da vida que levam para realizar o sonho de viver de paraquedismo.

Há algum tempo, algumas pessoas nos solicitaram que montássemos um curso sobre “Como Abrir e Operar uma Área de Paraquedismo”.

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Pois bem, o curso está pronto e será ministrado em um final de semana. Na apostila, colocamos modelos de todos os documentos necessários para montar e administrar uma atividade de saltos. Sua apresentação será dividida em cinco módulos:

1- Legislação. As leis federais, formato jurídico, clube, escola, ANAC, RBAC, DECEA, CBPq, CIS, Código Esportivo, STJD, responsabilidade civil e risco, Termo de Responsabilidade. Análise do risco, fatores geradores, consequências e prevenção.

2- Finanças. Custo Fixo e Custo Variável, como calcular o custo e a margem dos produtos, planilha de custo de equipamentos e aeronaves, fluxo de caixa, investimento necessário, retorno sobre o investimento, análise de viabilidade econômica.

3- Marketing. O público-alvo, mix de produtos e serviços, preços, comunicação, critérios que determinam o sucesso na escolha do aeroporto e a localização do mercado-alvo, mídia tradicional, internet, site, Google, Facebook e mídias sociais, Relações Públicas, Imprensa, Promoções de Venda, Venda Pessoal, Boca-a-Boca, Comercialização, Eventos, organização de competições e boogies.

4- Administração e Estratégia. Visão, Missão, Objetivos, Estratégia, rotinas diárias, Plano de Segurança e Gestão da Qualidade, Check Lists, Procedimentos, Empreendedorismo – O business plan, os recursos financeiros.

5- Operação. Pré-Operação, operação, manifesto, aeronave, piloto, staff, RTA, instrutor-chefe, instrução, equipamentos, equipe de terra, fun jumpers (atletas), triagem, meteorologia, a escolha e a motivação dos recursos humanos, Segurança da Operação e o Sistema de Gestão da Segurança, check lists operacionais.

O curso será ministrado a partir de 2014 , por Ricardo Pettená, que conta com a experiência de 10 mil saltos e 43 anos de paraquedismo, formação acadêmica em Marketing (ESPM) com pós-graduação em Economia de Empresas (PUC Campinas) e uma vida dedicada ao paraquedismo, desde o primeiro salto (1971), a abertura da escola Azul do Vento (1978), a implantação do AFF no Brasil (1982), 14 vitórias em Campeonatos Brasileiros (1974 a 2003), a área de saltos operada com Cessnas , depois com o Helio Courier, Soloy (Turbina), Comp Air (Turbina) e o Skyvan (Turbina) (1985 a 2010), seis anos de experiência coordenando a instrução em Deland (1990 a 1997), o desenvolvimento do método BBF como sócio fundador da Skydive University e seis anos como chefe do Comitê de Instrução e Segurança da CBPq.

Ricardo Pettená

O paraquedismo no Brasil está crescendo assustadoramente e você pode colher os frutos deste desenvolvimento.
Aproveite este curso objetivo e abrangente para encurtar o caminho e acelerar a realização do seu grande sonho, ser dono da sua própria área de saltos.

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4C “Confiança”

Na busca pela segurança no esporte elaboramos e aqui explanamos uma “teoria” a qual denominamos 4C, onde abordamos os fatores, Calma, Confiança, Comunicação e Controle.

No artigo anterior falamos sobre a importância da calma na realização de um salto, agregado a um bom salto com segurança acrescentamos aqui o fator confiança, como vimos anteriormente a ansiedade muitas vezes vem do medo de estragar tudo e para minimizar esse medo nada melhor que a confiança. Confiança em si mesmo, na equipe, no equipamento, confiança plena.

No artigo desta semana: 4C “Confiança”

confiança
con.fi.an.ça
Ação de confiar; Segurança íntima com que se procede; Crédito, fé; Segurança e bom conceito.
fonte: Dicionário Michaelis

Note que a palavra segurança é citada mais de uma vez, essencial na pratica do paraquedismo vimos repetidamente a importância de explanarmos a pratica da “teoria” 4C que tem como foco a segurança no esporte.

Um homem está seguro e tranquilo quando coloca todo o coração no seu trabalho ou outra atividade e faz o seu melhor de acordo consigo próprio.

Na confiança está implícito um ato de delegação. Ao entregar com segurança alguma coisa a alguém, por um laço de confiança acredita-se que este alguém não faltará com a sua responsabilidade.

Quando uma criança se projeta de um local alto a mando de seu pai que o espera lá embaixo com os braços abertos, este garoto está puro de coração e confia plenamente no pai, que já mostrou anteriormente ser alguém responsável e que jamais deixaria acontecer algo ruim ao seu filho.

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Somente há uma maneira de conquistarmos a confiança: é fazermos as coisas com responsabilidade, honrando os compromissos assumidos, respeitando os limites do próximo, agindo com lealdade e coerência, e no paraquedismo isso deve ser regra, respeitar limites, focar na segurança, ser leal, ser confiante.

Confiança é derivada da palavra “traustr”, do escandinavo antigo, que significa “forte”, mesma raiz da palavra verdade “trust”. Por isso, confiamos em uma pessoa que acreditamos que seja forte e verdadeira para nós.

Lembremos que a confiança começa na autoconfiança, quem não confia em si mesmo, como poderá confiar em outro?

Há muitas razões para duvidar e uma só para crer.

Seja confiante, tenha atitude, seja positivo, carismático, empático. Check as condições climáticas, os ventos, antes do salto, seja coerente, check seu equipamento, seja responsável, check os equipamentos dos seus colegas também, e peça o mesmo por você, seja leal. Na mesma proporção daquilo que der, irá receber em troca.

“Sede como os pássaros que, ao pousarem um instante sobre ramos muito leves, sentem-nos ceder, mas cantam! Eles sabem que possuem asas.” Victor Hugo

Seja Confiante.

 

Alessandro Luchiari (Luchiari)
Paraquedista filiado a CBPq desde 1994

 

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4C “Confiança”

 

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4C “Calma”

Teorias

Há diversas teorias na vida, administrativas, psicológicas, financeiras … é mais comum termos conhecimento de teorias na vida profissional, teorias, programas, diretrizes, enfim, todas em busca de melhorias, de controle, de qualidade, e vivendo isso dia a dia pensamos, porque não implantar, criar uma para o esporte ? Uma que possamos fazer uso na vida pessoal também, na busca pelo seu melhor, na vida, no esporte.
Aqui compartilhamos algo que acreditamos e utilizamos, elaborado com o propósito de melhoria, sempre, principalmente quando o assunto é paraquedismo e o foco segurança, pra isso é preciso trabalhar os 4C’s

Calma, Confiança, Comunicação e Controle.

Este artigo é sobre o primeiro dos 4C: CALMA.

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Não há dúvida de que ser calmo e relaxado é a chave para executar algo no seu melhor, mas a grande questão é: Como?

Há uma variedade de técnicas para relaxar antes e durante um salto. Nervosismo definitivamente tem componentes físicos e psicológicos que nos atrapalham e nos colocam em risco. Aqui estão algumas ideias para lidar com ambos.

Psicologicamente, a ansiedade muitas vezes vem do medo de estragar tudo. Com maior confiança, lembrando que confiança é uma das partes do 4C que iremos explorar em um próximo artigo, enfim, com maior confiança esses medos podem ser minimizados, o que permite a você ficar mais calmo. Então, faça coisas que vai fazer você se sentir mais confiante sobre o salto, como se preparar. Quando você se sente preparado, você tem confiança, você sabe o que vai acontecer e sabe que pode lidar com isso calmamente.

– Dias antes do salto procure visualizar o salto, escreva e leia a respeito, tome notas, estude.

– No dia do salto, 1 hora antes, aproveite o tempo para descrever o salto, checar o equipamento, treinar a saída no mock-up, sem pressa, feche os olhos, visualize, estude sua navegação, a direção do vento, as condições, a situação atual.

No momento do salto continue a visualizar, e quando o fizer, inclua tudo, pelo menos até o ponto onde a porta se abre. Respire fundo, desempenhe sua rotina com cautela, com a calma que focamos neste artigo, na busca pela melhoria continua, buscando aperfeiçoar o salto, com segurança, com calma.

“Mesmo se você não se sentir calmo e relaxado, comprometendo-se a agir como tal você está a um passo para fazer isso acontecer.”

Pense positivamente, coisas “bouas” atraem coisas boas, diga a si mesmo: “Eu posso fazer isso” ou “Isso é fácil”, evite pensar em coisas como: “Não atrapalhar” ou “Será que vai dar errado?!” Visualize-se fazendo o seu desempenho perfeitamente e acredite. Seja calmo, seja legal com você mesmo, e saiba que: Seu valor não está vinculado a cometer ou não erros, seus amigos não vão pensar menos de você. Cometer erros é parte de todo aprendizado, abrace-os como oportunidades para melhorar.

Fisicamente relaxe os músculos, se solte, alongue-se, como já citamos respire fundo, essencial, acrescente o sorria, curta o momento, celebre, lembre-se que você esta vivendo uma experiência pra poucos !!!

Quando você está mais calmo e relaxado, você esta um passo mais perto de realizar o seu melhor, com segurança, pratique isso.

Alessandro Luchiari (Luchiari)
Paraquedista filiado a CBPq desde 1994

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4C “Calma”

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Sequência completa de um salto de paraquedas! Por Marcus Morandi

No solo faz-se um “plano de voo”, “briefing” sobre o tipo de salto (voo solo, ou em formação envolvendo 02 ou mais paraquedistas) podendo ser em estilos diferentes ou seja: belly (barriga) , free fly (estilo livre), tracking (deslocamento), saltos em formação (TR – Trabalho Relativo). Faz-se uma simulação em solo das manobras que estarão previstas, muito importante verificar a direção do vento, baseando-se na “biruta” instrumento que dá a direção do vento e caso a mesma não esteja inflada de forma bem definida, devemos nos basear na “seta” que determinará a direção em que devemos pousar ou seja: “de nariz”, contra o vento, evitando curvas baixas e vento de través (vento lateral) e de costas o que pode tornar o pouso muito arriscado. Vale dizer que a direção do vento pode se alterar durante a subida antes mesmo do lançamento, e sendo assim; uma mudança do plano antes do pouso deverá ocorrer para que seja ajustada essa nova situação. O princípio é o mesmo utilizado para pouso e decolagens de aeronaves aonde consideramos que o nosso velame (paraquedas) é a nossa “asa” que vai nos permitir, desde que em boa ordem de funcionamento e com os comandos adequados realizados pelo paraquedista, um pouso suave e seguro. A direção do vento vai nos indicar qual será a nossa “área de espera” (faixa compreendida entre os 2.500 a 1.500 pés) antes de iniciarmos os procedimentos finais (pontos A: 1000 pés, B: 600 pés e C: 300 pés) para o pouso. As áreas costumam ter preferência de curva em relação ao alvo, outro detalhe fundamental a ser considerado antes do paraquedista subir para ser lançado é a velocidade do vento que pode inclusive variar entre camadas (altitudes diferentes) e sendo assim existem restrições baseadas na categoria e experiência de cada paraquedista, camadas de nuvens também são consideradas pois elas comprometem a visibilidade durante o salto.

Marcus Morandi 1

No “briefing” (reunião antes do salto) muitas vezes utiliza-se a fotografia aérea que toda área de salto bem estruturada possui, essa fotografia facilita o entendimento da trajetória à ser planejada. Antes da saída verifica-se o PS (ponto de saída / lançamento) e todas as suas variáveis – sentido do avião em relação a área de pouso, e uma das mais importantes principalmente para os deslocamentos tipo tracking em alta velocidade e com alcance significativo na horizontal. Ao se preparar para embarcar faz-se uma primeira checagem visual do equipamento e dos seus dispositivos de segurança. Após a equipagem é feita uma nova checagem em solo antes do embarque na aeronave (normalmente auxiliado por outro paraquedista) e, recomenda-se uma terceira checagem à bordo momentos antes do lançamento. Dentro da aeronave evitam-se movimentos bruscos para evitar contatos desnecessários com a finalidade de preservar a integridade do equipamento evitando também acidentes tais como uma abertura precipitada e indesejada do equipamento o que poderia comprometer seriamente a segurança de todos dentro da aeronave.

Antes da entrada na aeronave os paraquedistas trocam informações que determinarão a sequência /ordem de lançamento(saltos) visando garantir a segurança e, para isso; são considerados: tipo do salto que será realizado por cada paraquedista, altitude prevista de comando (abertura) do seu respectivo paraquedas, peso do paraquedista e o tamanho do velame (paraquedas), normalmente os saltos em formação são os primeiros à saírem, o deslocamento dos paraquedistas dentro da aeronave também segue uma ordem racional visando o balanceamento/distribuição do peso de forma a manter a aeronave equilibrada, saltos tipo tandem (duplos) costumam ser lançados por último. Após essas informações serem processadas fica estabelecida uma ordem lógica que irá determinar o lugar que cada paraquedista ocupará sentado dentro da aeronave e é recomendável procurar saber sobre a cor dos velames principalmente dos paraquedistas que deverão saltar próximo a sua ordem de sequência, isso pode ajudar numa avaliação do trafego durante a pilotagem do seu velame e contribuindo para diminuir desta forma possíveis riscos de colisão. São também adotados os seguintes procedimentos de segurança:

1. Entrada na aeronave com o capacete vestido e afivelado, permanecendo assim até os 1.500 pés.
2. Cinto de segurança também deverá estar afivelado até esta mesma altitude.
3. Após os 1.500 pés, capacetes e cintos poderão ser retirados até os momentos que antecedem o salto.
4. Caso haja algum salto intermediário tipo ”hop & pop” (saída seguida de abertura do paraquedas) em baixa altitude normalmente realizadas aos 6.000 pés antes e durante a abertura da porta deve-se também permanecer com o capacete na cabeça.
5. Quando a luz vermelha estiver acessa indica-se que estamos nos aproximando do ponto de lançamento /saída (PS) e a porta da aeronave deverá ser aberta por quem estiver mais próximo a ela, normalmente o(s) primeiro(s) a sair(em).
6. Quando a luz verde estiver acesa significa que estamos liberados para o salto e que a aeronave já reduziu a rotação do(s) seu (s)propulsor(es) e se posicionou adequadamente para o lançamento, esses avisos luminosos são acompanhados de um aviso sonoro intermitente.
7. Antes do paraquedista se lançar ele verificará visualmente as condições gerais ao seu redor (paraquedistas em salto, dando um intervalo de alguns segundos entre um salto e outro) e principalmente ele deverá visualizar a área de pouso, ou seja, o seu destino final onde estará seu alvo.

Durante o salto após a abertura é feita uma checagem visual e funcional do equipamento verificando se esta tudo funcionando em boa ordem, (no caso de uma anormalidade que comprometa a segurança do voo, o paraquedista realizará os procedimentos de emergência desconectando o seu velame principal e acionando o paraquedas reserva) estando tudo em ordem o paraquedista se dirigira para a área de espera (altitude compreendida entre os 2500 e 1500 pés) iniciando os procedimentos finais (pontos A, B e C) para um pouso seguro.

Em solo o paraquedista recolherá o seu velame de forma adequada visando a preservação do mesmo (evitando avarias) transportando-o até a área de dobragem.
Após o salto um “debriefing”faz-se necessário para aperfeiçoar o mesmo.

Marcus Morandi 2
”Percebi que os valores aliados a prática regular deste maravilhoso esporte tem tudo haver com os fundamentos que podem levar uma pessoa atingir o sucesso em seus projetos de vida.”

Marcus Morandi
Empresário e Paraquedista por paixão.

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Novo Espaço

Criamos um novo espaço, um novo caderno, o Caderno L, reservado para publicar matérias, curiosidades e informações sobre o esporte paraquedismo e suas vertentes, mas de uma forma diferente, aqui, amigos, paraquedistas e profissionais da área terão espaço para compartilhar seus pensamentos, suas histórias e seus conhecimentos sobre o esporte.

Sejam Bem Vindos,

Blue Skies !!!

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PÁRA-QUEDAS, PARA-QUEDAS ou PARAQUEDAS ?

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O novo acordo ortográfio extinguiu o acento diferencial da forma verbal “para”, terceira pessoa do presente do indicativo de “parar”.

E estabeleceu a grafia sem hífen no caso de “paraquedas” e derivados, como “paraquedismo” e “paraquedista”.

Mas a grafia sem hífen vale apenas para a família “paraquedas”.

Nos demais compostos com “para”, o hífen foi preservado:para-brisa, para-choque, para-lama, para-raios.

Em tempo – As palavras “parapeito” e “parapente” sempre foram grafadas assim, sem hífen, pois não se formaram no nosso idioma: a primeira vem do italiano “parapetto”, literalmente “parar, proteger o peito”; ao passo que a segunda vem do francês “parapente”, uma composição em que entram os elementos “para” de “parachute” (paraquedas) e “pente” (colina, morro)


Curiosidade:

A palavra “paraquedas” vem do prefixo francês “paracete”, originalmente do grego, significando para proteger contra, e do substantivo “chute”, a palavra francesa para “queda”, e foi cunhada originalmente como palavra híbrida, que significava literalmente “aquele que protege contra uma queda”, pelo aeronauta francês François Blanchard (1753-1809) em 1785.

Conheça nosso Glossário: http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=593

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Link Relacionado:

Pelo fim da polêmica: pular ou saltar? Por Aline Fuzisaki e Érika de Moraes

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Dia da Aviação

No dia 23 de outubro comemora-se o dia da aviação. Essa data foi instituída pelo governo do Brasil em homenagem a Alberto Santos Dumont, um mineiro nascido em 20 de julho de 1873, na cidade de Palmira, hoje conhecida como Santos Dumont.

Em meados de 1906, começou os testes com um aeroplano, acoplado ao balão Nº 14 (por isso o nome 14-Bis), a fim de facilitar a decolagem. Mas como o dirigível gerava muito arrasto e não permitia desenvolver velocidade, Dumont enfim retirou o Nº 14 e duplicou a potência, instalando um motor de 50 cavalos-vapor, no lugar dos 24 utilizados na época. num voo oficial.

Depois envernizou a seda das asas para aumentar a sustentação, retirou a roda traseira, por atrapalhar a decolagem, e cortou a estrutura portadora da hélice. No dia 23 de outubro de 1906, o 14-Bis decolou no Campo de Bagatelle, como o primeiro aparelho mais pesado que o ar a levantar voo por seus próprios meios – até então, os aparelhos dependiam de fatores externos, como o uso de catapultas, trilhos ou penhascos.

santos-dumont-14-bis-balao

Conquistando a Taça Archdeacon, como primeiro “vôo mecânico” do mundo, e transformando Dumont no maior inventor brasileiro de todos os tempos, o 14-Bis percorreu 60 metros em sete segundos, a dois metros do solo. Com 10 m de comprimento, 12 de envergadura e pesando 160 Kg, o 14-Bis trazia longarinas de bambu; ligas, interseções e cantoneiras de alumínio; trem de pouso com duas rodas; leme para controlar a direção e ailerons para regular o giro.

santos-dumont-14-bis

A façanha, realizada diante da Comissão Fiscalizadora do Aeroclube da França, foi aclamada por mais de mil espectadores e também pela imprensa mundial que, no dia seguinte, louvava o feito histórico. Em 12 de novembro do mesmo ano, Dumont percorreu 220 metros em 21,5 segundos, erguendo-se à altura de 6 metros, estabelecendo o primeiro recorde de distância da época, inaugurando, de forma inequívoca e definitiva, a “Era da Aviação”.


14-Bis – Invenção de Santos Dumont

Após alguns anos, com o aperfeiçoamento dos aviões, Santos Dumont sofreu muito por ver que seu invento estava ajudando os homens na guerra, a matarem e destruírem as pessoas. Muito triste, entrou em depressão, e faleceu.

A partir da evolução do avião pelos meios tecnológicos, este foi se tornando mais importante para nossas vidas, pois faz o transporte de cargas e pessoas de forma mais eficiente e rápida.

Os modelos variam muito, podem ser mais simples ou mais luxuosos e suas velocidades também variam, podem ser monomotores, bimotores, à jato ou supersônicos.


Modelo Internacional

Hoje em dia temos os aeroportos que fazem, de forma organizada, a manutenção e o reabastecimento das aeronaves, bem como o deslocamento dos tripulantes, cargas e passageiros.

Existem diferentes tipos de aviões, os que pousam e decolam na terra, mas também os que pousam e decolam na água. Além desses podemos ver ainda os aviões de guerra, como meios de transporte militar e os ônibus espaciais lançados para deixar satélites no espaço.


Modelo Armas de Guerra

O avião tornou-se um meio de transporte popular, pois hoje em dia seu acesso está mais fácil, os preços melhores e as formas de pagamento mais facilitadas.

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Dia do Paraquedista

22 de Outubro – Dia do Paraquedista

Hoje é dia do paraquedista e até o Google está comemorando !!!

O Google homenageia com um doodle interativo o francês André-Jacques Garnerin, que há exatos 216 anos, então com 28 anos, realizou o primeiro salto de paraquedas da história. A animação mostra um paraquedista sobre uma cidade que faz referências à Paris, onde ocorreu o primeiro salto de Garnerin.

O balão onde está André-Jacques ganha altitude e no instante em que aparece uma nuvem que indica as teclas direita e esquerda do teclado, o paraquedas em forma de balão começa a cair e fica sob o controle do usuário.

Os doodles do Google
O Google costuma comemorar datas importantes para a humanidade, como aniversários de invenções e personalidades ligadas à cultura e à política, por exemplo, com customizações do logo na página inicial do site de buscas. O primeiro doodle surgiu em 1998, quando os fundadores do Google criaram um logotipo especial para informar aos usuários do site que eles estavam participando do Burning Man, um festival de contracultura realizado anualmente nos Estados Unidos. O sucesso foi tão grande que hoje a companhia tem uma equipe de designers voltada especialmente para a criação dos logotipos especiais. Já foram criados mais de 300 doodles nos Estados Unidos e mais de 700 para o resto do mundo.

História:

Em 22 de outubro de 1797, André-Jacques Garnerin, então com 28 anos, pulou de um balão em pleno movimento a mais de 900 metros de altura com nada para prevenir sua queda além de um tecido de seda com sete metros de comprimento. Um salto para a morte? Não. Era a invenção do paraquedas, naquela época ainda parecido com um guarda-chuva gigante. O primeiro salto de paraquedas da história foi realizado no Parc Monceau, em Paris, e passados 216 anos se tornou um esporte – e um hobby – para entusiastas de todo o mundo.

Ao atingir a altura esperada, o engenheiro francês cortou a corda que prendia o balão à sua cesta, automaticamente abrindo o paraquedas. Isso fez com que André-Jacques Garnerin caísse em direção ao chão ainda dentro da cesta, com nada além daquele pano de seda entre ele, o céu e a terra. O paraquedas se mostrou capaz de reduzir a velocidade do salto e permitir uma aterrissagem segura – apesar de seu inventor ter enfrentado problemas para voltar ao solo. Os princípios básicos dessa invenção permanecem inalterados até hoje.

Primeiro salto de paraquedas: André-Jacques Garnerin ocorreu em Paris, na França Foto: Wikimedia
Primeiro salto de paraquedas: André-Jacques Garnerin ocorreu em Paris, na França
Foto: Wikimedia

O primeiro salto de paraquedas foi, portanto, feito dentro de uma gôndola, enquanto o balão que a segurava continuou subindo pelos céus. E a descida não foi nada tranquila. A cesta balançou violentamente enquanto seguia seu caminho esperado, na tentativa de voltar à terra. A aterrissagem foi turbulenta, e o objeto ficou muito danificado. Ainda assim, Garnerin foi capaz de provar que sua ideia funcionava, e conseguiu pousar sem ferimentos.

dia do paraquedismo

Depois do salto, o francês – um entusiasta do balonismo, da aviação e do paraquedismo – recebeu o título de “aeronauta oficial da França”. Ele se tornou uma figura reconhecida internacionalmente após o feito. Junto com sua mulher, Jeanne Genevieve Labrosse (também uma balonista, e a primeira paraquedista da história), participou de voos em países como a Inglaterra no início do século 19. André-Jacques Garnerin morreu aos 54 anos em Paris, no dia 18 de agosto de 1823, enquanto trabalhava na criação de mais um balão.

Quer saber mais sobre Balonismo ?
Visite nosso blog: http://www.luchiari.com.br/blog-balonismo/

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Lenha – le.nha

“Lenha” – le.nha s.f. [F.: Do lat. ligna, orum, pl. de lignum, i. Hom./Par.: lenha (fl. de lenhar).] Fig. Pop. Aquilo que é difícil, trabalhoso, árduo; Complicação; Dificuldade: “Essa prova vai ser lenha”. Em inglês: “Zoo Dive”

” Que atire o primeiro “toco” aquele que nunca se meteu numa lenha ! ” hahaha.

Pode-se entender como lenha igualmente aqueles saltos onde se pretende realizar uma tarefa que foge das competências mínimas de um ou mais praticantes.
Exemplo: Tentativa de salto híbrido – onde todos os participantes sejam CAT A ou CAT AI (em uma situação hipotética, os mesmo não possuem horas de túnel e/ou mais de 25 saltos).

Está conseguindo imaginar o salto?

Se sua resposta for sim, e der um sorriso, é LENHA!

Saiba mais sobre essas peculiaridades do esporte, conheça nosso Glossário

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Recorde: Pessoa mais idosa do mundo a saltar de paraquedas !!!

Publicada em 2013 esta matéria registrava um recorde mundial, em 2015 atualizamos e apresentamos um novo recorde. Vovó Iaia, 105 anos, quebra o próprio recorde e continua sendo a pessoa mais velha do mundo a saltar de paraquedas.

Tá sobrando energia!!!  🙂

Em 2013 a macapaense Aida Gemaque realizou o salto de paraquedas que seria homologado como recorde, na ocasião ela tinha 103 anos, vovó Iaia como é conhecida saltou de quase quatro mil metros de altura e entrou para o Guinness Book.

Agora em 2015 ela quebrou seu próprio recorde, com 105 anos de idade, vovó Iaia é a pessoa mais idosa a saltar de paraquedas no mundo.

Clique aqui e assista ao vídeo veiculado pela Rede Globo de Televisão em 24 de maio de 2015.

Dona Aida Gemaque da Silva, de 105 anos, entrou para a história pela sua ousadia além do normal. A vovó brasileira que mora no Macapá, no Amapá, se tornou a pessoa mais velha do mundo a pular de paraquedas em salto duplo, após pular de uma altura de quase três mil metros de altura, em Foz do Iguaçu, no Paraná, no início de agosto. Ela superou o dinamarquês Estrid Geertsen, que havia feito o desafio com 100 anos e 60 dias, em 2004.

“- Eu vou confessar uma coisa para vocês. Essa noite eu tive um sonho, parecia que Deus dizia para eu não ir. Eu vinha voando, não sei para onde, e quando vi, eu cai. Aí eu falei: “Ô, meu Deus, não faz isso, me dá coragem, me dá força. Me tira esse medo, não deixa eu ficar com medo na hora do meu salto”. Graças a Deus, não fuquei com medo. Graças a Deus” – disse a nova recordista mundial.

Velhinha Paraquedas (Foto: Paulo Roberto da Silva)
Nesta foto vovó Iaia tinha 103 anos, o salto foi realizado em Foz do Iguaçu, no Paraná. (Foto: Paulo Roberto da Silva PG)

 

A história começou com o neto dela, Josivaldo, que entrou na aula de paraquedismo e foi o primeiro da família a saltar. Conversando com um dos instrutores, ele teve a ideia de levar a avó para experimentar. O primeiro salto foi há três anos, com 100 anos. Dois anos depois, ela realizou o segundo salto. Como o salto não foi homologado e houve um problema na documentação, ela não quebrou o recorde mundial, fato que conseguiu agora.

-Ele (Josivaldo) chegou em casa e disse: “Vovó, a senhora tem medo de pular de paraquedas?” e eu disse que não. Perguntou se eu queria e eu topei. Fizemos todos os exames e dentro de uma semana, estava pronta para pular. Eu já joguei bola na rede, agora no cesto eu ainda jogo. Eu corro, faço caminhada e nado muito. Todos os esportes eu faço. Faço energia com o corpo para todo lado – brincou a vovó.

Velhinha Paraquedas (Foto: Felipe Caverinha)

Foto: Felipe Hardt (Caverinha) 2013

O instrutor que saltou com Dona Aida, Paulo Roberto da Silva, o PG, não poupou elogios a ela. Para ele, é uma lição de vida ver uma pessoa com a idade dela vencer esse desafio.

“- Prefiro pensar que ela é meu anjo da guarda. Para mim é um privilégio. Eu creio que eu fico sem sono e ela tranquila” – contou Paulo Roberto.

Fonte vídeo: globoesporte.com (vídeo globo.tv)

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Artigo “Recorde Mundial Base Jump (IDADE)

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Recorde Brasileiro e Latino Americano de FQL

103 way

fql 103 way 2013

Conquista de brasileiros em solo americano (Perris Valley Skydiving), Recorde Brasileiro e Latino Americano de FQL – Maior Formação em Queda Livre, estabelecido em 25/05/2013 e confirmado 27 de maio 2013, 103way, foram 103 paraquedistas !!!

fql 2013

 

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Recorde Mundial Base Jump (Idade)

Mais 1 Recorde Mundial no Esporte:
Senhora de 102 anos realiza BASE JUMP nos Estado Unidos !

doroty 1

Dorothy Custer, queria fazer um salto de base para comemorar o aniversário de 102 anos (02 de junho de 2013). No início sua idade preocupou o atleta que a levaria a saltar, mas depois de conhece-la melhor viu que ela pode fazer o que ela quer. Dorothy é uma grande fonte de inspiração para muita gente e ela tem visto mais do que a maioria de nós pode imaginar.

recorde base jump idade

doroty 2

Confira o vídeo desta aventura:

 

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“Recorde: Pessoa mais velha do mundo a saltar de paraquedas

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Desafio Sem Limite !

Salto solo do atleta Fernando Fernandes no Esporte Espetacular realizado no domingo dia 28 de outubro de 2012.

O 1º paraplégico no Brasil a realizar um salto solo de paraquedas.

Confira no vídeo a versão na integra desta matéria:

Fernando Fernandes de Padua
DZ Centro Nacional de Paraquedismo Boituva.SP – Brasil
28 de outubro de 2012

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Oração do Paraquedista

Oração do Paraquedista

(Esta oração foi encontrada por um General francês, no bolso de um paraquedista morto em ação. Passou a ser a oração oficial do paraquedista militar brasileiro, conforme Bol. Int. n° 7, de 17/01/1969, da Brigada Aeroterrestre.)

“Dai-me, Senhor meu Deus, o que Vos resta;
Aquilo que ninguém Vos pede.
Não Vos peço o repouso nem a tranqüilidade,
Nem da alma nem do corpo.
Não Vos peço a riqueza nem o êxito nem a saúde;

Tantos Vos pedem isso, meu Deus,
Que já não Vos deve sobrar para dar.
Dai-me, Senhor, o que Vos resta,
Dai-me aquilo que todos recusam.
Quero a insegurança e a inquietação,

Quero a luta e a tormenta.
Dai-me isso, meu Deus, definitivamente;
Dai-me a certeza de que essa
será a minha parte para sempre,
Porque nem sempre terei a coragem de Vo-la pedir.

Dai-me, Senhor, o que Vos resta,
Dai-me aquilo que os outros não querem;
Mas dai-me, também, a coragem
E a força e a fé.”

(Fonte: Brigada de Infantaria Paraquedista Brasileira)

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A História da CBPq (Confederação Brasileira de Paraquedismo)

A História da CBPq (Confederação Brasileira de Paraquedismo)

No BRASIL o paraquedismo tem inicio com Charles Astor, em 1931, no Aeroclube de São Paulo. Atuou sozinho formando alunos pelo Brasil e foi sem sombra de dúvida o maior incentivador do esporte em nosso País.

Em 1941, no Campo dos Afonsos – RJ acontece o primeiro salto coletivo na América do Sul, realizado por 12 alunos de Charles Astor.

De 1941 a 1943 funcionaram duas escolas de paraquedismo no Rio Grande do Sul, uma no Aeroclube e outra na Varig.

Em 1944, o Capitão Roberto De Pessoa é o primeiro militar brasileiro a realizar um curso de paraquedismo, tendo que fazê-lo no exterior. O Capitão DE PESSOA foi “brevetado” nos EUA e em 1945 o Exército Brasileiro envia aos EUA mais 34 militares, que ao retornarem passam a integrar a recém criada Escola de Paraquedistas do Exercito Brasileiro, atual Centro de Instrução Paraquedista General Penha Brasil, organização militar integrante da Brigada de Infantaria Paraquedista, com sede no Rio de Janeiro, RJ.

No meio civil apenas eram realizadas, esporadicamente, algumas demonstrações.
Em 1958 é criada no Rio de Janeiro a equipe Ícaros Modernos que, em 1961, se tornaria um dos primeiros clubes brasileiros de paraquedismo.

No final dos anos 50 o paraquedismo deixou de ser vinculado ao DAC (Departamento de Aeronáutica Civil) e então um grupo de jovens de São Paulo e do Rio de Janeiro resolveu reorganizá-lo e dar-lhe um cunho moderno.

Em São Paulo os principais atuantes eram Miguel Pacheco Chaves, Carlos Tender Guimarães, Decio Faria de Almeida e João Augusto MacDowell entre outros e no Rio, Francisco Clayton Lemos do Rego e Nelson Palma.

Com o inicio desse movimento agregaram-se muitos apoiadores que ajudaram na organização e na parte jurídica.

Quem regia o esporte na época era o Ministério da Educação e Cultura através do CND (Conselho Nacional de Desportos). Era necessário ter pelo menos 3 federações  para se ter uma confederação e assim ser reconhecido pelo CND.

Em 1962 foi fundada a Federação Brasileira de Paraquedismo e que por meio de uma Assembléia Geral foi dissolvida em 30/03/1963 e criada a Comissão de Organização da UBP (União Brasileira de Paraquedismo) com o intuito de definir objetivos da nova entidade, sua estrutura e sua filiação aos órgãos máximos do esporte nacional e internacional.

Os clubes eram filiados diretamente à UBP que funcionava como órgão gestor nacional.

Reconhecida pelo CND, a UBP realizou o primeiro campeonato brasileiro de paraquedismo em 1964 na cidade  de Campina Grande – PB em que se sagrou campeão Luiz Olintho Teixeira Schirmer.

A partir daí surgiram inúmeros clubes  e equipes por todo o Brasil.

Paralelamente também no meio militar o paraquedismo  se desenvolvia como esporte tendo as competições com os civis contribuído muito para o seu crescimento.

A União Brasileira de Paraquedismo atingiu os objetivos para os quais foi criada: estruturar o paraquedismo como esporte dando  condições para sua filiação ao Conselho Nacional de Desportes  (CND) e a Federação  Aeronáutica Internacional (FAI).

Essas atividades desenvolvidas nos anos 1963 e 1964 culminaram com o envio da primeira delegação brasileira de paraquedismo ao 7° Campeonato Mundial organizado pela FAI em 1964  na Alemanha Ocidental (RFA) e permitiram a perpetuação do paraquedismo esportivo brasileiro superando definitivamente as barreiras oficiais e burocráticas até então existentes.

Essa delegação era composta por Carlos Alberto Tender Guimarães, Miguel Francisco Pacheco Chaves, Nelson José Pereira e João Augusto MacDowell.

Foram criadas as 3 primeiras federações (Paraná, São Paulo e Rio de Janeirol) e assim em 1975 a UBP transforma-se em CBPq (Confederação Brasileira de Paraquedismo).

logo cbpq

fonte: http://www.cbpq.org.br

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A História do Esporte

O paraquedismo, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é um esporte criado há pouco tempo. Na verdade ele vem do eterno sonho do ser humano, destinado a viver no chão, o sonho de VOAR! Voar livremente utilizando somente seu próprio corpo, assim como fazem os pássaros!

O sonho tem início registrado ainda na mitologia, que mostra Dedalo e seu filho Ícaro na busca de alçar voo com asas de penas de pássaro ligadas por cera.

Em 1306, aparecem registros de acrobatas chineses que se atiravam de muralhas e torres empunhando um dispositivo semelhante a um grande guarda-chuva que amortecia a chegada ao solo.

Em 1495, Leonardo Da Vinci escreveria em suas notas: “Se um homem dispuser de uma peça de pano impermeabilizado, tendo seus poros bem tapados com massa de amido e que tenha dez braças de lado, pode atirar-se de qualquer altura, sem danos para si”. DA VINCI é considerado também o precursor como projetista de um paraquedas.

Em 1617, o italiano Fausto Veranzio salta com um “paraquedas” da torre da catedral de Veneza, aterrando ileso diante dos espectadores.

Em 1783, Sebastian Lenormand constrói e patenteia um paraquedas com que repetidamente executa saltos.

Em 1785, Jean Pierre Blanchard constrói e salta com um paraquedas feito de seda, sem a armação fixa que ate então era utilizada para manter o velame aberto.

Em 1797, Andre-Jacques Garnerin, em Paris, salta de um balão a uma altura aproximada de 2000 pés. GARNERIN prossegue saltando regularmente e a ele a história deu a honra de ser considerado o PRIMEIRO PARAQUEDISTA DO MUNDO. Em 1802, em Londres, Garnerin salta a 8000 pés, um recorde para a época.

Em 1808, pela primeira vez o paraquedas foi usado como salva-vidas quando o polonês Kupareko o utiliza para saltar de um balão em chamas.

Em 1837, acontece o primeiro acidente fatal com um paraquedista, quando Robert Cocking falece em razão do impacto contra o solo. Cocking saltava com um paraquedas com o desenho de um cone invertido que se mostrou inadequado, não resistiu à pressão e fechou.

Em 1887, o Capitão americano Thomas Baldwin inventa o equipamento que se ajusta ao corpo do paraquedista, substituindo os cestos até então utilizados. Este invento foi um novo e importante passo para o desenvolvimento do paraquedismo.

Em 1901, Charles Broadwick inventa o paraquedas dorsal, fechado dentro de um invólucro, como os que hoje são utilizados pelos pilotos de aviões militares. O sistema de abertura do paraquedas era um cabo amarrado ao balão.

Em 1911, Grant Norton realiza o primeiro salto utilizando um avião. Norton decolou levando o paraquedas nos braços e na hora do salto arremessou-o para fora sendo por ele extraído da aeronave.

Em 1919, Leslie Irvin executa o primeiro salto livre, abrindo o paraquedas, por ação muscular voluntária durante a queda livre.

Em 1930, os russos organizam o primeiro Festival Desportivo de Paraquedismo.

Em 1941, o exército alemão emprega o paraquedas como equipamento de guerra, lançando paraquedistas militares para conquistar a Ilha de Creta.

Dai em diante o paraquedismo se desenvolve numa velocidade vertiginosa, seja quanto aos equipamentos, técnicas de salto e tipos de competição.

A palavra “paraquedas” vem do prefixo francês paracete francesa, originalmente do grego, significando para proteger contra, e chute, a palavra francesa para “cair”, e foi cunhada originalmente, como uma palavra híbrida, que significava literalmente “aquele que protege contra uma queda”, pelo francês aeronauta François Blanchard (1753-1809) em 1785.

A História da CBPq (Confederação Brasileira de Paraquedismo)

No BRASIL o paraquedismo tem inicio com Charles Astor, em 1931, no Aeroclube de São Paulo. Atuou sozinho formando alunos pelo Brasil e foi sem sombra de dúvida o maior incentivador do esporte em nosso País.

Em 1941, no Campo dos Afonsos – RJ acontece o primeiro salto coletivo na América do Sul, realizado por 12 alunos de Charles Astor.

De 1941 a 1943 funcionaram duas escolas de paraquedismo no Rio Grande do Sul, uma no Aeroclube e outra na Varig.

Em 1944, o Capitão Roberto De Pessoa é o primeiro militar brasileiro a realizar um curso de paraquedismo, tendo que fazê-lo no exterior. O Capitão DE PESSOA foi “brevetado” nos EUA e em 1945 o Exército Brasileiro envia aos EUA mais 34 militares, que ao retornarem passam a integrar a recém criada Escola de Paraquedistas do Exercito Brasileiro, atual Centro de Instrução Paraquedista General Penha Brasil, organização militar integrante da Brigada de Infantaria Paraquedista, com sede no Rio de Janeiro, RJ.

No meio civil apenas eram realizadas, esporadicamente, algumas demonstrações.
Em 1958 é criada no Rio de Janeiro a equipe Ícaros Modernos que, em 1961, se tornaria um dos primeiros clubes brasileiros de paraquedismo.

No final dos anos 50 o paraquedismo deixou de ser vinculado ao DAC (Departamento de Aeronáutica Civil) e então um grupo de jovens de São Paulo e do Rio de Janeiro resolveu reorganizá-lo e dar-lhe um cunho moderno.

Em São Paulo os principais atuantes eram Miguel Pacheco Chaves, Carlos Tender Guimarães, Decio Faria de Almeida e João Augusto MacDowell entre outros e no Rio, Francisco Clayton Lemos do Rego e Nelson Palma.

Com o inicio desse movimento agregaram-se muitos apoiadores que ajudaram na organização e na parte jurídica.

Quem regia o esporte na época era o Ministério da Educação e Cultura através do CND (Conselho Nacional de Desportos). Era necessário ter pelo menos 3 federações  para se ter uma confederação e assim ser reconhecido pelo CND.

Em 1962 foi fundada a Federação Brasileira de Paraquedismo e que por meio de uma Assembléia Geral foi dissolvida em 30/03/1963 e criada a Comissão de Organização da UBP (União Brasileira de Paraquedismo) com o intuito de definir objetivos da nova entidade, sua estrutura e sua filiação aos órgãos máximos do esporte nacional e internacional.

Os clubes eram filiados diretamente à UBP que funcionava como órgão gestor nacional.

Reconhecida pelo CND, a UBP realizou o primeiro campeonato brasileiro de paraquedismo em 1964 na cidade  de Campina Grande – PB em que se sagrou campeão Luiz Olintho Teixeira Schirmer.

A partir daí surgiram inúmeros clubes  e equipes por todo o Brasil.

Paralelamente também no meio militar o paraquedismo  se desenvolvia como esporte tendo as competições com os civis contribuído muito para o seu crescimento.

A União Brasileira de Paraquedismo atingiu os objetivos para os quais foi criada: estruturar o paraquedismo como esporte dando  condições para sua filiação ao Conselho Nacional de Desportes  (CND) e a Federação  Aeronáutica Internacional (FAI).

Essas atividades desenvolvidas nos anos 1963 e 1964 culminaram com o envio da primeira delegação brasileira de paraquedismo ao 7° Campeonato Mundial organizado pela FAI em 1964  na Alemanha Ocidental (RFA) e permitiram a perpetuação do paraquedismo esportivo brasileiro superando definitivamente as barreiras oficiais e burocráticas até então existentes.

Essa delegação era composta por Carlos Alberto Tender Guimarães, Miguel Francisco Pacheco Chaves, Nelson José Pereira e João Augusto MacDowell.

Foram criadas as 3 primeiras federações (Paraná, São Paulo e Rio de Janeirol) e assim em 1975 a UBP transforma-se em CBPq (Confederação Brasileira de Paraquedismo).

Legado

Em 1972, Bill Booth começou a Oficina em uma garagem em Miami. No final de 1970 Bill fez duas grandes contribuições para o mundo do paraquedismo. Primeiro ele inventou e patenteou o Hand Deploy Pilot Chute System(Pilotinho), que logo mudou o esporte para sempre. A segunda invenção, e talvez sua maior contribuição para o esporte, foi a invenção do sistema de liberação de 3 argolas. Em 1983, Bill recebeu o Prêmio da Associação da Indústria de paraquedas e Equipamentos. A Federação Aeronáutica Internacional concedeu-lhe a Medalha de Ouro em 1984, pela participação importante no projeto de segurança no paraquedismo.

Bill Booth Luchiari Skydive Online com br

Fontes: http://www.cbpq.org.br
http://www.uspa.org

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