Hoje, muitos me conhecem como paraquedista, como “a garota corajosa” que salta de um avião e voa a 300km/h, muitos até dizem “louca”. Mas nem sempre foi assim … Fui uma criança muito ativa que fazia muitos esportes e explorava novas experiências , mas sempre rejeitei qualquer tipo de aventura, brinquedos que envolviam altura e adrenalina. E devido a esse medo que cresceu comigo, principalmente de altura, me fez chegar ao paraquedismo. Percebi que meu medo deveria ser vencido, pois me travava em diversas áreas da vida.
E em uma conversa de botequim com amigos recebi a proposta para saltar, e pensei “é isso!!!”, e topei (mesmo morrendo de medo). Fui, saltei, morrendo de medo, eu tremia, na porta do avião eu senti um dos maiores medos da minha vida, e assim que meus pés saíram da aeronave eu senti uma das melhores (se não a melhor) sensação da minha vida. Minha primeira queda livre fiquei o tempo inteiro de olho fechado e assim que pousei sabia que aquilo mudaria minha vida, pra sempre.
Duas semanas depois, fiz mais um salto duplo, em menos de 1 mês comecei meu curso, e hoje, 4 anos depois tenho 432 saltos na caderneta. E sim, como imaginei, mudou minha vida.
Pratico a modalidade Freestyle, a única modalidade que voa em todos eixos (belly, back, sit, headdown e pasmem, nos eixos laterais), atinge altas velocidades e tem como base o Freefly.
Freestyle se assemelha a ginástica olímpica, posições acrobáticas, quase um balé aéreo. E eu, como fiz bons anos de Ballet, fiz ginástica olímpica e pratico yoga acrobático, não poderia praticar nada diferente do que Freestyle. Adoro o nível de exigência,a sintonia com o câmera, a evolução das coreografias, e a adrenalina de fazer várias acrobacias em apenas 45 segundos. Aos olhos de fora, de quem vê, imagina ser um salto muito feminino ou de dificuldade mínima… se enganam! Para mantermos as posições é necessário estar em total isometria corpórea e concentração e preparo a mil. Faço treinos de musculação com exercícios específicos para cada tipo de salto e busco na acrobacia a consciência corporal que o Freestyle exige. São poucas meninas que praticam, mas todas buscam ser muito competentes.
No link abaixo assista ao vídeo produzido e exibido pela Sportv globo.tv programa Zona de Impacto uma linda matéria sobre o trabalho de solo da atleta Mikaela Paim:
“Ainda sou uma aprendiz com pouca experiência, mas um dia, chego lá 😉 ”
Mikaela Paim
25 anos, Brasileira, Paraquedista desde 2010.
Empresária, sommelière, amante de esportes, e muitos hobbies como cantar, fotografar, viajar e muito mais.
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Parabéns !!!!
Obrigada Bruno!!! =)
Adm parabéns por mais uma excelente matéria! Obrigada por divulgar o freestyle, já que é uma das mais lindas modalidade no paraquedismo é tão pouco divulgada.