A palavra “paraquedas” vem do prefixo francês “paracete”, originalmente do grego, significando para proteger contra, e do substantivo “chute”, a palavra francesa para “queda”, e foi criada originalmente como palavra híbrida, que significava literalmente “aquele que protege contra uma queda”, pelo aeronauta francês François Blanchard (1753-1809) em 1785.*
*Fonte Wikipédia
Grafia correta da palavra consulte: http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=195
Tipos de Paraquedas
Desde a invenção do paraquedas a evolução vem acontecendo de forma rápida e cada vez mais eficaz.
Existem dois tipos principais de paraquedas no paraquedismo: os paraquedas redondos em forma de cogumelo e os retangulares, do tipo asa.
Paraquedas Redondos
Os paraquedas redondos, de modo geral, são utilizados para fins militares, de emergência ou aplicação de carga.
Inicialmente utilizados durante a primeira e segunda guerra mundial estes paraquedas são inconfundíveis graças ao seu velame arredondado e pelos seus gomos em forma de triangulo, a desvantagem destes é de não poderem ser manobrados, o que impossibilita a escolha do melhor local para pousar.
Neste período, o paraquedismo estava intimamente ligado a ações militares e a uma estratégia de combate ofensiva e o paraquedas redondo em forma de cogumelo era uma das armas que possibilitava o ataque surpresa ou estratégico.
Estes paraquedas apresentam um furo no topo superior do velame de forma a sair o ar interior e a reduzir as oscilações da queda. Depois de estarem em plena queda, os paraquedistas ou as mercadorias descem numa posição vertical e são colocados de forma estratégica no terreno. Quanto mais vertical for a queda, menor a possibilidade de haver alguma colisão no ar.
Após a Segunda Guerra quando os paraquedas eram utilizados somente para o lançamento de tropas e suprimentos, os militares perceberam a possibilidade de fazer saltos por esporte e diversão.
A partir do desenvolvimento de sistemas de acionamento manual, foram realizadas as primeiras quedas livres com os paraquedas redondos (T-10), os mesmos utilizados para o lançamento de tropas nas guerras.
Sem dirigibilidade e muito pesado, o paraquedas, na época, era muito perigoso, já que uma vez aberto o velame, o paraquedas pousava onde o vento o levava, sem conseguir que o impacto fosse amenizado.
Foi necessário o desenvolvimento de um velame com fendas direcionais traseiras para possibilitar a navegação para mais longe ou mais perto. Porém, o forte impacto do pouso ainda não estava resolvido.
A partir dos paraquedas redondos, o T-10 e T-U, foram desenvolvidos os velames conhecidos por Papillon (Francês) e Para-Commander (norte-americano). O paraquedas já tinha uma boa dirigibilidade, mas ainda os seus recursos eram muito restritos quanto à precisão da chegada ao alvo. O velame reserva, atualmente alojado numa única mochila atrás, na parte de cima – era instalado na frente da barriga e era conhecido como reserva ventral.
Paraquedas Retangulares
Os paraquedas retangulares ou do tipo asa são os paraquedas que são utilizados atualmente no paraquedismo, como também no parapente.
Na década de 1950, durante o início dos projetos espaciais, Francis Melwyn Rogallo desenvolveu uma asa única de membrana flexível, conhecido como o parawing. O grande parawing foi projetado para a recuperação de veículos na reentrada na atmosfera. O paraquedas parawing, projetado para máxima sustentação ao invés de máximo arrasto foi aperfeiçoado e em 1963 foi realizado o primeiro paraquedas de asa (parafoil) pelo americano Domina Jalbert, que tinha aplicado e melhorou as teorias de Francis Melwyn Rogallo. Este tipo de paraquedas, então aperfeiçoado, mostrou-se particularmente adequado para atividades esportivas durante a década de 1970.
Na década de 70, deu-se a passagem do paraquedismo exclusivamente militar para um desporto radical de massas e isso fez com que o modelo de construção dos paraquedas se alterasse. A partir dos paraquedas redondos, como o T-10 e T-U, foram desenvolvidos os velames conhecidos por Papillon e Pára-Commander. De redondos e estáticos, passaram a ser retangulares e dinâmicos e assemelham-se às asas de um avião. Trata-se de um paraquedas em forma de aerofólio. Os aerofólios consistem em duas camadas de nylon, ligadas a duas paredes de tecido que formam as células. Estas células são preenchidas por ar pressurizado que entra pelas aberturas que se encontram na frente do velame, o que vai inflar o paraquedas e fazer com que a velocidade e direção sejam controladas como um parapente (paraglider).
X-38 Recovery Ram-Air Parachute.
No fim da década de 1970 o parawing foi definitivamente substituído pelo parafoil. O parafoil ou ram-air parachute é um aerofólio deformável que mantém o seu perfil capturando o ar dentro de células a membrana retangulares, fechadas do lado da cauda mas abertas na frente.
Atualmente, os paraquedas retangulares são mais que um meio de transporte vertical, eles são autênticas asas de voo e são totalmente dirigíveis pelos paraquedistas.
Quando este paraquedas se encontra aberto, os gomos enchem-se de ar e possibilitam a elaboração de um movimento horizontal que faz com que o paraquedista possa escolher – com alguma liberdade – o local do pouso, através da condução dos batoques.
Estes paraquedas são muito utilizados em várias competições, principalmente na competição de precisão, onde todos os paraquedistas competem entre si para ver quem é o mais certeiro e regular.
Desde sua criação o paraquedas vem evoluindo, saiba utilizar o seu velame com segurança, fique atento ao tráfego e faça pousos seguros.
Blue Skies and Safe Landing !!!
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Artigo “ Rigger … (dobragem)”: http://www.luchiari.com.br/blog-paraquedismo/?p=610
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