FREEFLY

O Freefly é uma das modalidades mais extrovertidas e radicais do paraquedismo atual. Para os paraquedistas mais experientes, a possibilidade de voar livremente e realizar todo o tipo de acrobacias em queda livre e em diferentes posições representa uma aventura muito intensa e arrebatadora. Conheça o que é o freefly e saiba como esta modalidade tem influenciado de um modo geral o paraquedismo e todos os seus praticantes.

História

Enquanto todos saltavam de barriga para baixo o alemão Olav Zipser  experimentava novas posições em queda livre, em 1991 ele impressionou o mundo do paraquedismo com suas novas manobras, saltando em Vero Beach, na Flórida, de cabeça para baixo. A partir daí foram surgindo novas posições e manobras e nascia o FreeFly. A primeira competição da modalidade, no formato que é disputada hoje, aconteceu em 1995, em Dallas, no Texas (EUA), organizado pela SSI (Skydiving School Instructor).

O que é !

O freefly é das modalidades que constituem o paraquedismo, a mais recente e uma das que mais tem crescido em termos de popularidade. Trata-se de uma modalidade que é praticada em queda livre e na maioria das vezes os paraquedistas atingem velocidades superiores a 300 km/h. Ao longo dessa descida alucinante, o corpo do praticante voa a 3 dimensões, ao contrário das modalidades tradicionais de queda livre, em que se formam figuras apenas num plano horizontal. No freefly o paraquedista tem a liberdade de utilizar diferentes maneiras de voar, como o head down (cabeça para baixo), sitfly (sentado), standup (de pé), backtrak (de dorso), bellyfly (de barriga para baixo) e qualquer outro tipo de voo. As diferentes formas de voar possibilitam aos paraquedistas a realização de todo o tipo de manobras acrobáticas e figuras geométricas chegando ao ponto de fazer determinadas coreografias.

O fato de se voar em diferentes posições num mesmo salto envolve variados cuidados, principalmente em relação à proximidade existente entre os praticantes. A aprendizagem do freefly deve ser efetuada de uma forma progressiva, caso contrário o risco de ocorrer um acidente ou uma colisão são enormes.

Para quem quer praticar freefly, aprender a controlar a velocidade, direção e proximidade dos outros freeflyers são aspectos determinantes para um salto seguro.

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Atletas Paulo Pires e Marcelo Pereto
photo Renê Simenauer

A Competição

Nas competições de paraquedismo, o freefly é uma das provas que reúne mais curiosidade e expectativa por parte de todos os adeptos, dadas as manobras espetaculares que os seus competidores realizam.

No freefly, as equipes são constituídas por três freeflyers, dois executantes de acrobacias que realizam todo o tipo de manobras incríveis e o cameraflyer que regista essas manobras em vídeo, numa câmara digital que se encontra no seu capacete. Posteriormente, um coletivo de juízes avalia a performance dos freeflyers com base nas dificuldades das manobras executadas e na impressão que elas causaram.

As notas da performance são baseadas em dois critérios de avaliação: o técnico e o artístico. No primeiro capítulo são observadas as dificuldades e a precisão das manobras. No que diz respeito ao julgamento artístico, os juízes levam em conta a impressão visual porque a criatividade apresentada nas filmagens também conta na performance global da equipa. O ângulo de enquadramento e a qualidade geral das imagens geradas são elementos importantes na avaliação das filmagens.

Para praticar o freefly é necessário que o paraquedista tenha muita experiência de voo e dominar a prática da queda livre , pois esse é o caminho a seguir para a realização de manobras originais e espontâneas.

O Freefly é, sem dúvida, uma das modalidades mais espetaculares e autênticas dentro do paraquedismo radical e é por isso que atrai cada vez mais um maior número de espectadores e praticantes bem como a atenção dos meios de comunicação social.

Links Relacionados:

Recorde Brasileiro FreeFly

Recorde Mundial Vertical 164Way Head Down

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